O economista Luciano Coutinho, presidente do BNDES, concedeu entrevista à jornalista Denise Neumann, do Valor Econômico, em que defendeu a política de transparência da instituição e os empréstimos concedidos às construtoras brasileiras no exterior.
Coutinho também apontou ‘desonestidade intelectual’ dos que apontam operações subsidiadas nos empréstimos às construtoras brasileiras que atuaram em projetos recentes no exterior, como o porto de Mariel, em Cuba.
Segundo ele, tais operações seguiram regras fixadas em 1996, que preveem o uso da taxa Libor, mais a variação cambial.
Ele também falou sobre a abertura dos dados de todas as operações financeiras da instituição.
“É parte do processo de amadurecimento da transparência do banco”, afirmou.
Na entrevista, Coutinho também defendeu empréstimos à Odebrecht e negou influência do ex-presidente Lula.
“Não tem nenhuma relação entre uma coisa e outra”, afirmou.
“Todas as operações foram absolutamente regulares, passaram por todos os trâmites e processos de decisões colegiadas do banco”.
Ele afirmou ainda que há uma concentração nos empréstimos à Odebrecht pelo fato de a empresa ter sido pioneira no processo de internacionalização.
Ao falar sobre o porto de Mariel, em Cuba, disse que o país está em dia com suas obrigações e que financiamentos ao regime cubano são feitos desde a década de 90.
Fonte: Brasil 247