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IPCC cobra mais rapidez na adoção de combustíveis limpos

Cientistas e representantes políticos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas exortaram líderes mundiais a acelerarem a adoção de combustíveis limpos, sob pena de ser impossível limitar os efeitos nocivos do aquecimento global.

A mensagem foi transmitida no relatório divulgado neste domingo, 12, em Berlim, que adverte: nunca se emitiu tanto dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa na atmosfera como no século 21.

O documento foi aprovado após seis dias de intensos debates sobre as formas de mitigar, ou seja, de reduzir o impacto das mudanças climáticas.

Segundo o texto, produzido a partir da síntese elaborada por 235 autores de 58 países, o nível de emissões de gases de efeito estufa na atmosfera continuou a crescer entre 1970 e 2010, a despeito de todos os alertas feitos pela comunidade científica.

E o problema se acelera: entre 1970 e 2000, o crescimento médio das emissões foi de 1,3% por ano, enquanto entre 2000 e 2010 saltou para 2,2% por ano.

O IPCC afirma que “cerca da metade das emissões antropogênicas (feitas pela ação humana) de CO2 entre 1750 e 2010 aconteceram nos últimos 40 anos”.

“Precisamos de um nível de cooperação internacional sem precedentes”, advertiu Rajendra Pachauri, coordenador do IPCC.

“Um trem de alta velocidade de mitigação teria de deixar a estação muito em breve e todo o mundo teria de estar a bordo”, ilustrou o indiano.   

Fonte: Agência Estado

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