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Mercado aposta em barril de petróleo

Campo de petróleo em Vaudoy-en-Brie, na França — Foto: Christian Hartmann/Reuters

US$ 100 até 2019 com sanções ao Irã
Iminente retorno das sanções dos EUA alimentam uma recuperação que levou os preços de referência a máximas em 4 anos.

Operadores do mercado de petróleo apostam que os preços de referência da commodity nos EUA poderão subir a US$ 100 o barril até o próximo ano, um patamar que até recentemente muitos consideravam impensável devido ao crescimento recorde da produção norte-americana e à demanda global relativamente estável.

Mas o iminente retorno das sanções dos EUA sobre o Irã e gargalos que impedem o petróleo norte-americano de chegar ao mercado alimentaram uma recuperação que levou os preços de referência a máximas em quatro anos.
Nesta quinta, o petróleo Brent recuava 0,38 dólar, ou 0,44%, a US$ 85,91 por barril, às 9h26 (horário de Brasília). Nos EUA, o barril WTI caía 0,46 dólar, ou 0,6%, a US$ 75,95 por barril.

Enquanto grandes nações produtoras dizem que a oferta é ampla, fundos de hedge e especuladores estão cada vez mais céticos em relação a esse argumento, apostando que o mercado poderia se recuperar à medida que as sanções sobre as exportações de petróleo do Irã voltarem em 4 de novembro.

O viés de alta é visível no mercado de opções dos EUA. O número de posições em aberto em 100 dólares por barril em dezembro de 2019, com opções de compra, ou seja, apostando em futuros nesse nível, subiu 30% na semana passada, para um recorde de 31 mil lotes, de acordo com dados da CME.

“Nas últimas duas semanas, tem havido muito mais evidências de que mesmo alguns dos maiores clientes – Índia e China – não vão comprar petróleo iraniano a partir de novembro”, disse John Saucer, vice-presidente de pesquisa e análise da Mobius Risk.
Como resultado, ele disse, “essas sanções provavelmente serão muito mais eficazes do que as pessoas pensavam”.

As exportações globais do Irã caíram para 2 milhões de barris por dia (bpd) em setembro, ante 2,8 milhões de bpd em abril, segundo o Instituto de Finanças Internacionais.

Reuters

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