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Merval Pereira é denunciado pelo tuíte presidencial

Palestra de R$ 375 mil reais

Sintoma da briga Sergio Moro vs. Bolsonaro, o tuíte presidencial falando de R$ 375 mil pagos pelo Sesc/RJ a Merval Pereira teve hoje uma reação de “esclarecimento” que deve ter ruborizado as faces do “lorde” global.

Confirmou ter recebido da Fecomércio do Rio, na gestão do complicadíssimo, na Lava Jato cabralina, Orlando Diniz parte (não diz quanto, supõe-se proporcional) dos R$ 375 mil que Bolsonaro disse terem sido pagos a ele – usando, aliás, uma informação do The Intercept Brasil.

Chama de “fake news” por não ter sido por uma, mas por 15 palestras, das quais diz ter feito 13.

Ok, não é crime Merval ter arranjado uma “marreta boca-rica”, mas é curioso que o colunista, quando tratou das palestras de Lula as classificava como “supostas e suspeitas” e feitas em “repúblicas de bananas”.

Merval fez palestras em Miguel Pereira e Valença, por exemplo.

E as 13, com certeza, era reciclagens de uma ou duas, repetidas feito realejo.

O ato é que Merval agiu como um Deltan Dallagnol de bigodes, recebendo de uma entidade que recolhia contribuições parafiscais (imposto sindical e contribuições ao Sistema “S”), cujo titular estava, há anos, mais sujo que pau de galinheiro, e já tinha sido afastado diversas vezes e terminaria preso no início de 2018.

Não pode, portanto, reclamar do que disse Bolsonaro, embora a razão de dizê-lo seja das piores: o fato de Merval ter passado, finalmente, a criticá-lo, no afã de defender Sergio Moro.

A troca de pedradas faz estragos nos telhados de vidro da rua Direita.

Fernando Brito

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