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PIB do Brasil fica em antepenúltimo em ranking

Romênia, Filipinas e China estão entre os três primeiros. Depois do Brasil, vêm somente a Dinamarca e a Suíça.

O resultado do PIB deixou o Brasil em 45º lugar dentro de um ranking de 47 países, segundo levantamento feito pela agência de classificação de risco brasileira Austin Rating.

A posição em antepenúltimo lugar veio mesmo com alta de 1,4% em relação ao 3º trimestre de 2016, a maior desde o primeiro trimestre de 2014. Em relação ao 2º trimestre deste ano, o PIB cresceu 0,1%, na 3ª alta seguida, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (1º).

O estudo da Austin Rating leva em conta o PIB do 3º trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2016. Romênia, Filipinas e China ocupam os três primeiros lugares. Depois do Brasil, vêm somente a Dinamarca e a Suíça.

De acordo com o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, mais uma vez o Brasil foi superado pelas economias da Grécia, Ucrânia e Rússia, que nas edições de 2016 estavam com desempenhos piores. Outras economias que apresentaram resultados muito ruins nas edições anteriores, como a Venezuela, até o momento não divulgaram seus resultados.

Os 47 países que estão no ranking representam 85,5% do PIB mundial (US$ 67,8 trilhões) e são os que divulgaram seus resultados até o momento.

Estimativa

Agostini prevê um cenário político ainda muito turbulento, mas que deve interferir pouco no resultado do PIB de 2017, cuja estimativa dele é de 1%. No entanto, o economista considera que sua previsão de desempenho de 2,2% para o PIB de 2018 poderá ser revista em virtude do ano eleitoral e indefinição sobre a reforma da Previdência, fatores que podem gerar revés nas expectativas e confiança dos agentes econômicos.

Para ele, a concretização de um cenário econômico melhor neste ano depende dos efeitos diretos e indiretos do ambiente político nacional sobre o cenário econômico e, principalmente, da aprovação da reforma da Previdência, para ele fundamental para a sustentabilidade fiscal do país e que contribui para a redução consistente e estrutural da taxa de inflação e da taxa de juros básica (Selic) ao longo do tempo.

Marta Cavallini

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