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Investimento compulsório no futebol feminino pode fragilizar os clubes

A medida provisória 671, publicada no dia 19 de março deste ano, e que trata do Profut, o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, tem um ponto polêmico: o investimento compulsório dos clubes no futebol feminino.

 

Segundo especialistas, essa obrigação deverá fragilizar ainda mais os clubes brasileiros e a posição foi defendida pelo colunista Márvio dos Anjos, no artigo Futebol feminino a uma hora dessas?.

 

“O futebol feminino é, por enquanto, a grande derrota do feminismo. Não interessa às mulheres, não está entre as prioridades das torcedoras: fora do ambiente das que o praticam, parece ser apenas uma fixação utópica, perfeita no mundo das ideias mas imperceptível na realidade, e que agora surge na MP do Futebol, que obriga os clubes a terem um investimento mínimo às equipes mulheris”, diz ele.

 

“Gostamos de Marta, gostamos de ver a seleção feminina nas competições olímpicas, cobramos sucesso delas, mas não estamos tão ligados numa versão feminina dos Estaduais e Nacionais. Talvez nem uma Libertadores da América despertasse hoje esse interesse. A verdade? Não conseguimos nem dar conta de aturar suas versões masculinas – Fred chegou a ponto de pedir o fim do Carioca outro dia”, afirma, em outro trecho.

 

“Pense: os clubes (que são administrados de forma amadora em sua maioria) já são obrigados a disputar torneios deficitários por determinação das federações, imagine-os agora sendo forçados a dispender dinheiro num torneio que não tem demanda significativa de público nem de audiência que justifique uma boa verba de TV.”

 

O resultado, segundo o colunista, será inverso ao pretendido. Em vez de fortalecer os clubes e ampliar sua solidez fiscal, irá torná-los ainda mais deficitários.

Fonte: AB/Redação

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