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Palmeiras repete estratégia de silêncio com Pato.

Foto: Marcos Ribolli

A contratação de Alexandre Pato tem agitado os bastidores de São Paulo e Palmeiras nos últimos dias. Com propostas apresentadas ao atacante, o Verdão prefere o silêncio para não criar alarde sobre um possível acerto, enquanto o Tricolor está mais pessimista do que no início das conversas. O Santos, também de olho no jogador, corre por fora na disputa.

Alexandre Pato é assunto quente nos bastidores do Palmeiras desde a semana passada. Mas, quando questionados sobre a possibilidade de o Verdão contratar o atacante, que está livre no mercado, os palmeirenses têm repetido uma estratégia que deu certo em contratações recentes: o silêncio.

Na gestão de Alexandre Mattos, as chegadas de grandes reforços para o Verdão ganharam capítulos de mistério. Entre as mais recentes, por exemplo, Borja, Lucas Lima e até Ricardo Goulart foram tratados com cautela pelo clube até o anúncio oficial.

Internamente, alguns palmeirenses apontam que o interesse de Alexandre Pato é o de atuar pelo time de Felipão em 2019. Mesmo que o clube venha adotando discurso de equilibrar as contas, justificando até a venda de Luan Cândido para o RB Leipizig por causa do fluxo de caixa, o momento financeiro do clube pesa a favor do Verdão.

No ano passado, o Palmeiras teve arrecadação recorde de R$ 688 milhões. O desempenho financeiro, principalmente por causa do apoio da Crefisa, dá aos palmeirenses a liberdade de poder oferecer salários e luvas mais vantajosos.

São Paulo em desvantagem

O otimismo após a conversa que o técnico Cuca teve com Alexandre Pato deu lugar à preocupação. Na noite da última terça-feira, a sensação nos bastidores do clube do Morumbi era de que o poder financeiro do Palmeiras tornou praticamente inviável a continuidade do Tricolor na disputa.

Nas últimas horas, há no clube a clara impressão de que o rival cresceu no negócio. O Tricolor entende ter ido ao seu limite financeiro e agora adota a postura de aguardar uma definição. O sentimento é de que não há mais muito a ser feito, além de se apegar à esperança de que a vontade de Pato voltar a vestir a camisa tricolor possa ser um elemento surpresa a essa altura da negociação.

Outro ponto importante dessa novela que faz o São Paulo adotar uma postura conformada de que o atacante deve ir ao rival é a relação de André Cury, empresário de Alexandre Pato, com Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras. A proximidade entre eles é um trunfo do Verdão.

Pessoas próximas à diretoria do Tricolor alegam que o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, o maior entusiasta da contratação de Pato no clube, também desanimou na negociação.

Em reestruturação financeira depois da queda precoce na Libertadores e no mercado para atender aos pedidos do técnico Cuca, o São Paulo não tem como concorrer financeiramente com o rival. A aposta com Pato era pela identificação e em um contrato mais longo com salário menor.

André Hernan, Felipe Zito, Marcelo Hazan e Tossiro Neto

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