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CAOS POLÍTICO E FALTA DE SEGURANÇA

A segurança pública se transformou num verdadeiro caos. Não seria exagero afirmamos que estamos vivendo uma violência endêmica.

 

A sensação de insegurança é onipresente. Faltam policiais nas ruas, os presídios estão superlotados e também sem segurança.

 

Do seu interior os condenados continuam comandando o crime interna e externamente. Os assassinatos, assaltos, furtos e roubos aumentam em todo o país e também nas ruas de Feira de Santana.

 

Nos últimos meses e dias, vieram à tona, de forma ainda mais explícita, graves problemas com os serviços públicos prestados pelo Estado na área de segurança em praticamente todos os municípios do estado da Bahia.

 

Em nosso município registram-se, diariamente, inúmeras ocorrências de violência; assassinatos e delitos de todos os tipos.

 

A população enfrenta falta de água; energia; atendimento hospitalar; limpeza pública, além dos problemas que se avolumam com o transporte coletivo, alternativo e clandestino, deixando explícito o crescimento da desorganização e provocando um verdadeiro caos no centro da cidade.

 

A incompetência das ações no transito da cidade é vista, analisada e comentada até pelo observador, por mais imparcial que aparente ser.

 

A Coelba não consegue solucionar os problemas identificados pela maioria da comunidade. A Embasa deixa as ruas esburacadas; emite contas superfaturadas. A rede de água, velha e obsoleta explode em todos os cantos da cidade.

 

Diversos consumidores, residenciais e empresariais, ligam para o 156, Prefeitura; 190, Polícia Militar; 197, Polícia Civil e tantos outros serviços que são designados para o atendimento emergencial ou não e não são atendidos, eles não cumprem com as suas finalidades.

 

Esses serviços registram os pedidos e não oferecem nenhum retorno, simplesmente não atendem as solicitações, nenhuma satisfação e dada à sociedade.

 

Quem se responsabiliza? Quem vai pagar essa conta? Quem irá ressarcir os prejuízos dos cidadãos que estão sendo assaltados em plena luz do dia, nas ruas mais movimentadas de Feira de Santana? Eles continuarão abandonados à própria sorte?

 

Onde estão os nossos policiais? Alguém informou que estão espalhados pelos municípios exercendo a função de secretários, superintendestes e outros cargos; menos exercendo a função para qual foram concursados e preparados pelo próprio Estado.

 

O descaso das operadoras de telefonia e internet principalmente a empresa Oi é um verdadeiro descalabro, o povo não tem a quem recorrer, nem a Agencia Nacional de Telecomunicações consegue defender os interesses da telefonia nacional. A Anatel é uma vergonha.

 

Quem se importa?

 

Ninguém. A população não tem a quem reclamar, já caiu no lugar comum.

 

O policiamento é realizado por quatro Companhias, insuficiente para atender as necessidades de segurança da maior cidade do interior da Bahia, localizada no maior entroncamento rodoviário do país.

 

As agências reguladoras regulam alguma coisa no país? Se tomarmos como exemplo a cidade de Feira de Santana, podemos assegurar, com certeza mais do que absoluta, de que nada fazem, ou melhor, servem para gastar o dinheiro do povo brasileiro e prestar e desserviço à pátria e ao povo.

 

Quantas multas já foram aplicadas e quantas foram pagas?

 

Na educação, as escolas públicas já não ensinam os nossos jovens sequer a ler, escrever e efetuar as operações aritméticas mais elementares. A educação só é prioridade dos governantes em seus discursos de campanha (ou de posse).

 

A comprovação poderia ocorrer se fizermos uma visita surpresa nas escolas e testar os alunos fazendo um simples ditado, seguido leitura de um texto modesto. Qual o secretário de educação que aceita esse teste, sem ele indicar a escola e sala a ser visitada?

 

A educação é deplorável por todo o país. A situação em nosso município não é diferente – só para citar, o estado mais rico da federação, com um orçamento que, creio, só perde para o da União. Ainda é um, único, que mantém uma média alta entre as mais baixas.

 

Nos hospitais e postos de saúde públicos, pacientes não conseguem marcas exames, sejam menor de idade ou de maior, com maior ou menor gravidade, de baixa ou alta complexidade; muitos morrem por falta de uma devida e necessária assistência.

 

Até a justiça não consegue fazer cumprir as suas determinações.

 

Em Feira de Santana o Estado, através da Secretaria de Saúde, deixou de cumprir uma determinação judicial desde setembro de 2014, para a realização de um exame em uma senhora com câncer.

 

Nada aconteceu, nem a multa determinada pela justiça foi paga.

 

Todos nós pagamos uma alta carga de impostos e assim transferimos vultosos recursos para o financiamento das máquinas públicas da União, dos estados e municípios, mas recebemos em troca serviços de péssima qualidade, pois os recursos públicos escorrem pelos ralos da má gestão e da corrupção, que sustenta os caciques e financia os grandes e seus partidos políticos.

 

Posso dizer sem ter medo de ofender a quem quer que seja. Todos nós estamos vivendo cotidianamente uma sensação que se mistura e se confunde com os sentimentos de impotência e revolta.
Portanto, esses fatos me autorizam a perguntar: Como podemos escapar dessa situação? Em quem podemos acreditar? Essa é a cidade que realmente queremos? O que podemos fazer para iniciarmos as modificações que o nosso município precisa?

 

Diante da falta de segurança, algumas casas de condomínios contratam segurança privada, cavam poços artesianos e instalam equipamentos de captação de energia solar ou eólica. Será essa a solução, se continuamos a pagar nossos impostos?

 

Será que financiar a corrupção é uma condição já constitucionalizada?

 

Cada vez mais, buscam-se alternativas individuais e privadas no lugar de soluções coletivas. Cada um está procurando resolver o seu problema, quem resolverá o problema o povo?

 

Dessa forma que se dá bem é aquele cidadão de maior poder financeiro, esse atalho não resolve os problemas do povo.

 

Quem está pensando na melhor qualidade de vida do povo?

 

Os coxinhas procuram resolver as suas questões em vez de cobrar e responsabilizar os maus gestores, os maus políticos e os maus governantes. Se conseguirem atingir seus interesses pessoais, está tudo lindo e maravilhoso.

 

O político corrupto, o mau governante, ou o homem público incompetente, abriga-se, confortavelmente, exatamente aí, nessa cobrança vazia, ou na falta de uma efetiva cobrança e responsabilização pelos seus atos de desgoverno e negligência.

 

Fala-se na Lei de Responsabilidade Fiscal, inócua, de aplicação duvidosa, servindo mais como desculpe para os incompetentes.

 

A verdade é que, enquanto não ocorrer na pratica a responsabilização e punição rigorosa, homens públicos e governantes incompetentes e corruptos continuarão destruindo o Estado e as instituições.    

Fonte: Carlos Lima

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