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Oeste da Bahia terá indústrias têxteis implantadas por portugueses; protocolo de intenções já foi assinado

Um protocolo de intenções foi assinado na segunda-feira (23) pelo secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, em Lisboa, no Congresso Nacional de Portugal, com a Associação Comercial e Industrial de Barcelos (Acib) para implantação na Bahia de indústrias da zona geográfica de Barcelos. A Acib representa 65 grandes indústrias portuguesas.

 

O secretário afirmou que a implantação dessas indústrias se concentrará no setor têxtil, podendo ser complementada com outros segmentos, como os de calçados e de acessórios. O objetivo é verticalizar a oferta de produtos têxteis e de moda, desde a produção de fios até a confecção de roupas. “A Bahia é o segundo maior produtor nacional de algodão de alta qualidade, com fios tão bons quanto os produzidos no Egito”, salientou.

 

As indústrias têxteis portuguesas trabalham desde a fiação até a confecção, mas muitas empresas estão paralisando as atividades de fiação devido à crise internacional, que estagnou o mercado europeu. Segundo o superintendente de atração de investimentos da Seagri, Jairo Vaz, o termo assinado concretiza iniciativas que vêm sendo desenvolvidas há mais de um ano, quando uma comitiva da secretaria esteve em Portugal e apresentou aos empresários as oportunidades e vantagens de se investir na Bahia.

 

Saloio vai fabricar em Alagoinhas queijos especiais

 

Outro resultado prático da missão da Seagri a Portugal foi a assinatura do protocolo de intenções entre o governo da Bahia, via secretaria, o Laticínio Marianna e a Queijo Saloio Indústria de Laticínios para implantar na cidade de Alagoinhas uma indústria de processamento de leite de vaca, cabra e ovelha para produzir queijos especiais.

 

A Saloio é a terceira maior indústria de Portugal e a maior em especialidades de queijos, e também a maior em queijos de cabra. No mercado desde 1968, ela produz e vende queijo fresco, requeijão e especialmente queijo curado, transformando aproximadamente 150 mil litros de leite por dia.

 

O secretário explicou que o protocolo assinado vai permitir a criação de joint venture entre a empresa baiana Laticínio Marianna e a portuguesa Saiolo, gerando empregos e possibilitando a fabricação de produtos inéditos, e ao mesmo tempo estruturando a atividade da ovino-caprinocultura no estado.

 

“A Bahia tem o maior rebanho de cabras e o segundo maior de ovelhas do país, mas se não temos quem compre leite a preços viáveis, não desenvolvemos a atividade. Queijos finos com alto valor agregado incentivarão a cadeia como um todo”, ressaltou Salles.

Fonte: Redação/ Agecom

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