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Prefeitura de Salvador prevê para 2018 um déficit primário de R$ 644 mil

A Prefeitura de Salvador prevê para o ano de 2018 um déficit primário de R$ 644 mil, e projeta aumentar em 31,8% os gastos com investimentos em relação

A Prefeitura de Salvador prevê para o ano de 2018 um déficit primário de R$ 644 mil, e projeta aumentar em 31,8% os gastos com investimentos em relação a 2017. É o quarto maior aumento entre as capitais, atrás de Aracaju, Manaus e Vitória.

O déficit primário significa que as receitas, como impostos e transferências de estados e da União, não serão suficientes para bancar as despesas, como pagamento de pessoal e investimentos, sem contar as operações financeiras, como pagamento de juros e amortização de empréstimos. A diferença precisa ser coberta por novos empréstimos, caixa ou venda de ativos.

Os investimentos são os gastos com obras e compras de equipamentos destinados a ampliar a capacidade das prefeituras de atenderem à população, como a construção de terminais de ônibus e a aquisição de aparelhos para a realização exames médicos.

Enquanto as depesas de investimento devem subir 31,8% as despesas correntes – pagam o custeio da cidade, como salários – devem ter aumento de 6,6%. Esse índice é maior que a inflação acumulada em 2017, de 2,95%.

Em 2018, o orçamento aprovado de Salvador prevê:

Receita total de R$ 7,34 bilhões, aumento de 9,34% ante R$ 6,7 bilhões em 2017
Déficit primário de R$ 644,7 mil, ante um déficit de R$ 515 milhões em 2017
Despesas de investimento de R$ 1,13 bilhão, alta de 31,37% ante R$ 857,5 milhões em 2017
Despesas correntes de R$ 5,9 bilhões, alta de 6,63% ante R$ 5,58 em 2017

A gestão de ACM Neto (DEM) afirmou que o déficit primário previsto em suas contas se deve a um maior volume de empréstimos previstos para o ano de 2018.

A previsão de entrada desse empréstimo, e a chegada de recursos via convênio com o governo federal, são apontados como os principais motivos para o aumento dos investimentos.

A gestão alega ainda que, embora a previsão para 2017 fosse de déficit de R$ 515 milhões, a cidade terminou o ano passado com um superávit primário de R$ 261 milhões. Isso ocorreu porque a maior parte dos empréstimos previstos para o ano passado, e que tinham o investimento como objetivo, não ocorreu.

Juliana Cardilli e Vitor Sorano

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