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Presidente da Oi revela que Bahia terá orelhão com wi-fi

Não faz muito tempo, as pessoas usavam o telefone celular apenas para fazer ligações ou, no  máximo, enviar mensagens de texto. Também não faz muito tempo que celulares não eram tão populares e quem não os tinha usava telefones públicos. Hoje, o uso do celular está mais focado no uso de aplicativos conectados à internet, e os orelhões caíram em desuso.

As operadoras de telefonia estão tendo que se adaptar à nova realidade, e é sobre isso que o presidente da Oi, Zeinal Bava, fala em entrevista ao jornal CORREIO. Português, ele esteve ontem em Salvador para anunciar os novos investimentos da companhia, após a fusão com a Portugal Telecom. Bava também comentou as queixas no Procon e a qualidade do 3G na Bahia. 

Como está a Bahia em relação ao resto do Brasil em relação à quantidade de clientes e novos investimentos? 
A Oi investiu R$ 53 milhões na Bahia no primeiro trimestre deste ano. Em 2013, instalamos quase 58 mil portas de acesso à internet banda larga no estado e, este ano, só de janeiro a abril, foram mais de 11 mil novas portas. A ampliação de infraestrutura na Bahia também se deu em relação aos sites, que são os locais onde ficam as antenas que realizam a transmissão do sinal do telefone celular. Em 2013 e nos primeiros quatro meses de 2014 foram implantados 189 novos sites 2G, 3G e 4G na Bahia. Além disso, estamos lançando este mês nossa rede 4G em Feira de Santana. Também ampliamos a nossa rede Oi Wi-Fi, complementando a cobertura 3G e 4G.  Hoje são mais de 52 mil pontos de acesso na Bahia, um crescimento de mais de 18 vezes nos últimos 12 meses e de 33% em 2014. 

A fusão com a Portugal Telecom traz alguma mudança substancial na relação com o consumidor? E no posicionamento da Oi no mercado?
As duas empresas já atuam com o mesmo direcionamento operacional e com as mesmas prioridades estratégicas.  A tecnologia é um meio para atingir um fim. Estou certo de que, ao juntarmos a liderança na inovação e tecnologia da Portugal Telecom com a capilaridade da Oi, que está presente em mais de 5.400 municípios, com fixo e móvel no país, nós vamos poder surpreender os nossos clientes com mais e melhores serviços no Brasil e em Portugal. Esta nova empresa vai ter 100 milhões de clientes e será uma das 25 maiores no mundo.

O Brasil já tem mais celulares que habitantes, mas a estrutura das operadoras não tem acompanhado esse avanço, visto que são campeãs de queixas no Procon. O que a Oi tem feito para reverter essa situação?
 A Oi registrou, no primeiro trimestre, uma queda de 20% no total de clientes que procuraram a Anatel em todo o país, em comparação com o mesmo período no ano passado. Além disso, entre o primeiro trimestre de 2013 e o mesmo período deste ano, houve redução de 37% no volume de contestações de contas feitos pelos clientes. Estamos investindo nas áreas de operações, TI e engenharia para mudar o patamar de qualidade, promovendo uma transformação estrutural na companhia. Isso terá reflexo natural na melhoria na prestação do serviço e na percepção do cliente final. Também está em curso um processo de capacitação das nossas equipes de técnicos, que vão até a casa dos clientes. Até o final de junho, a Oi terá concluído seu programa de transformação das operações de campo, o Projeto Click, capacitando mais de 40 mil técnicos. Vale lembrar  ainda que as operações de atendimento e de relacionamento com o cliente da Oi estão em transformação, com a revisão de processos a partir dos feedbacks permanentes dos clientes. Também estamos trabalhando na qualificação dos atendentes, na modernização dos sistemas e na otimização de processos. 

Em  cidades como São Paulo, o 3G da Oi funciona perfeitamente, mas em Salvador a qualidade não é a mesma. Por que isso acontece e como estão os investimentos nesse setor?
 A Oi tem investido fortemente na expansão da rede.  Somente na Bahia, como disse anteriormente, foram instalados 189 novos sites de telefonia móvel de janeiro de 2013 a abril deste ano. E temos ainda o reforço da nossa  rede Oi Wi-Fi, que é a maior do Brasil. Precisamos considerar também que houve um aumento expressivo do tráfego de dados, em consequência do aumento do consumo e da renda da população. Isso já está se refletindo no nosso balanço do primeiro trimestre, quando registramos um aumento de 43,5% na nossa receita de dados em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

E os orelhões? Ainda temos alguns, mas quase ninguém usa, e a maioria nem funciona mais. Qual o futuro deles?
A Oi tem atualmente 657 mil telefones públicos em operação no país. Pesquisas mostram que, atualmente, o uso do orelhão é esporádico, e por isso temos procurado dar mais utilidade aos telefones públicos, adotando iniciativas inovadoras, com dois projetos piloto de orelhão wi-fi. Um deles muda a estrutura atual do telefone público, transformando-o numa cabine mais moderna e com iluminação, enquanto o outro incrementa a estrutura atual do orelhão. (Há um projeto piloto em Santa Catarina, que disponibiliza pontos de wi-fi no orelhão. Todos podem utilizar, mas apenas clientes Oi têm acesso ilimitado. Existe a intenção de trazer o projeto para a Bahia, mas ainda sem previsão de instalação). 

Fonte: Correio/ Foto: Web.

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