O ministro interino Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, como era de se esperar, terminou entrando na bolsa de apostas em Brasília sobre quem será o quarto a cair no governo de Michel Temer.
Relembrando, já caíram do governo interino de Michel Temer, os ministros Romero Jucá (Planejamento); Fabiano Silveira (Transparência); Henrique Eduardo Alves (Turismo). E agora Geddel poderá ser o próximo.
O baiano Geddel Vieira Lima foi citado por Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa que se tornou delator na Lava Jato, como pessoa de “bom relacionamento” com Lúcio Funaro, preso na Operação Sépsis.
Funaro, que é tido pela procuradoria-geral da República como o principal operador de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estaria cogitando fazer um acordo de delação premiada, entregando os políticos que recebiam sua ajuda, dentro e fora do PMDB, dizem que Geddel está entre eles.
Procurado, Geddel admitiu conhecer Funaro, mas evitou demonstrar preocupação. “Tinha com ele uma relação social, nada mais que isso”, disse o ministro.
Cleto delatou um esquema de desvios nos empréstimos do FI-FGTS, que teria produzido mais de R$ 150 milhões em propinas, beneficiando Cunha e seus principais aliados. Geddel é um dos principais aliados de Cunha.
Leonardo Attuch/cljornal