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“Só seremos independentes quando não houver mais ninguém passando fome no País”, diz Jerônimo

Bahia sem fome

O governador da Bahia Jerônimo Rodrigues disse no sábado (1º) à noite, no Palácio da Aclamação, que “enquanto houver no País homens e mulheres passando fome, nós ainda teremos de fazer muito para construir a nossa independência”.

A frase foi dita durante a cerimônia de entrega da Ordem Dois de Julho Libertadores da Bahia, mais alta honraria do estado, a personalidades e instituições que contribuíram para a garantia das liberdades públicas e afirmação da soberania nacional.

“Temos 33 milhões de brasileiros e brasileiras que acordam de manhã sem ter uma fatia de pão com um copo de leite, que ao meio dia também não encontram nada para comer e vão dormir à noite padecendo da fome”, enfatizou o governador, acrescentando que “não podemos ficar nos lamentando sem construir as peças e as ferramentas que nos orientam para um novo Brasil.

Essa medalha tem um significado histórico para que nunca esqueçamos aqueles e aquelas que construíram a autonomia desse país tão rico”.

Para o coordenador do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, a entrega da Medalha Dois de Julho dá visibilidade simbólica a uma série de pessoas e instituições que atuam junto às comunidades quilombolas, indígenas, mães solos da periferia, catadores de material reciclável.

 “A gente percebe que muitos dos agraciados e agraciadas são pessoas que estão atuando na ponta, junto àqueles que mais precisam. Alguns já se tornaram parceiros do Programa Bahia Sem Fome e atuam como verdadeiros heróis anônimos”, destacou Pereira.

BEMBÉ DO MERCADO

Entre os parceiros que receberam a Medalha Dois de Julho, José Raimundo Lima Chaves, presidente do maior candomblé de rua do mundo, o Bembé do Mercado (manifestação afro-brasileira do município de Santo Amaro, já reconhecida como patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN), fez questão de lembrar que sua entidade está cadastrada no Programa Bahia Sem Fome, fazendo com que as doações de alimentos cheguem de fato às comunidades quilombolas em situação de vulnerabilidade.

“O Bahia Sem Fome tem sido fundamental para erradicação da fome em nosso estado, ajudando caboclos e comunidades quilombolas.

É um programa fundamental não somente para o povo negro de terreiro, mas também para as comunidades indígenas e todos que estão em situação difícil”, afirmou Chaves, conhecido como Pai Pote.

Ostentando também a Medalha com a qual foi condecorada, a ministra da Cultura Margareth Menezes fez questão de reverenciar a luta do povo baiano pela Independência do Brasil e destacou o pioneirismo da Bahia em sempre buscar ajudar na reconstrução do País, já apresentando um programa social moldes do Programa Bahia Sem Fome.

“Esse é o pioneirismo, o sentimento de sempre pensar no povo. Todas as pautas do governo baiano estão focadas na reconstrução do País e essa pauta da fome sensibiliza bastante o presidente Lula”, disse a ministra.

Já tínhamos saído do Mapa da Fome. Graças a Deus que existem pessoas que estão pensando em fazer o bem para o próximo.

O Bahia Sem Fome surgiu num momento em que estamos realmente precisando socorrer quem mais precisa. É um programa importantíssimo e a campanha do Bahia Sem Fome está muito bonita.

Ascom/Bahia Sem Fome

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