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A sombra do individualismo necrosa parte da maçonaria/por Carlos Lima

Maçonaria fora do ponto

O individualismo tem muitas versões na história do ser humano. Na maçonaria não poderia ser diferente. Na organização existe ‘tendências’ sobre o mesmo pensamento político, mas dividem-se pela busca do poder, menosprezam, nas sombras, o reconhecimento coletivo e sonegadamente praticam uma guerra individual pelo comando das Lojas, Orientes e estâncias superiores.

O valor supremo da liberdade pouco interessa a essas ‘tendências’, esse individualismo praticamente teve início no começo da fase “Especulativa”, que se deu com a fundação da Grande Loja de Londres.

Seria uma grande bobagem acreditar que o individualismo ficou imóvel até os tempos atuais.

Ao longo do tempo, veneráveis,    Grãos Mestres e Outros, sombrearam a ação da corrida pelo poder com o manto da irmandade e refundaram a existencialidade do individualismo pelo poder, manobrando estatutos e regimentos para neutralizar a descoberta, o entendimento e enfrentamento.

Essas tentativas fracassaram, os conflitos e defecções acontecem com mais frequência e ameaçam a existência da verdadeira maçonaria.

No seio da instituição em pleno século XXI, a cizânia é a ação predominante. Usam todos os argumentos. Na maioria das vezes defendendo os próprios interesses e com características de fanatismo.

O vidro impenetrável da qualidade, honestidade, moralidade e respeito, transformou-se em conveniência na busca do poder.

Tem altos recursos, tem posição de destaque no mundo profano, é amigo do “rei”, pode alavancar desejos individuais. Com certeza será “iniciado”, o resto não será analisado. Avançara mais rápido que os demais. É uma vergonha (sem generalizar), mas, lamentavelmente é uma verdade comprovada.

O importante não é o que dizem desse tipo de candidato, mas o que ele pode fazer pelos interesses do padrinho e pelo núcleo dirigente da Loja, (que se consideram donos).

Para defender os próprios interesses e impor suas posições, pregam a desobediência civil com viés anarcoliberal, menosprezando princípios. Aqueles que não se submetem são chamados de maçons traidores, quando na verdade, são eles que irremediavelmente estão distantes do ideal maçônico.

Essa corrida para o poder individualista na maçonaria acompanha os ventos que sopravam na direção de um “narcisismo”, com lufadas vigorosas a exigir o aplauso e o reconhecimento da sociedade profana.

O orgulho e a vaidade continuam enraizadas e com certeza impulsiona um comportamento de extrema direita fazendo problematizar os alicerces da verdadeira estrutura maçônica, como se não bastasse os contrários que se aglutinam no mundo profano.

Carlos Lima

 

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