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Auditoria do Transporte Público em 2018 custou mais de 790 mil reais e ninguém sabe de nada/por Carlos Lima

ASSINATURA DO CONTRATO DE AUDITORIA NO TRANSPORTE PÚBLICO

O que acontece com o governo exercido por esse grupo político liderado pelo ex-prefeito José Ronaldo e hoje ciceroneado pelo atual prefeito Colbert Filho, é aproveitar nomes subservientes para exercer posições técnicas e de profissionais qualificados em áreas como Limpeza Pública e Transporte Coletivo Urbano.

Todos eles desconhecem, profissionalmente, que o sistema de mobilidade também está profundamente relacionado com o desenvolvimento urbano e a forma de ocupação do solo.

O modelo de mobilidade implementado nos últimos 20 anos em Feira de Santana é o mesmo adotado no século XIX, voltado para o uso da carroça e do automóvel como principal modo de transporte.

Até o famigerado BRT, é do início do século XX. Superado e sucateado.

Fico feliz de ter chegado à Câmara Municipal de Feira de Santana um vereador, Jhonatas Monteiro (PSOL), que tem um comportamento inicial de independência e enxerga muito mais além do que a maioria dos seus pares.

Demonstrando que a representatividade política é comprometimento sério com o desenvolvimento da sociedade e consequentemente defesa dos interesses coletivo para uma melhor qualidade de vida, assim vem se posicionado.

Entre suas ações uma chama mais a atenção: O requerimento apresentado na última quarta-feira (3) onde questiona a Secretaria de Transporte e Trânsito (SMTT) e a Prefeitura Municipal sobre a falta de divulgação dos resultados da Auditoria do Sistema de Transporte Público do Município.

Essa auditagem foi realizada pela empresa Deloitte Brasil Auditoria e Consultoria Empresarial, contratada pelo poder público municipal em 2018, pelo valor astronômico de R$ 790 mil, até hoje não se conhece o relatório dessa auditoria.

O principal objetivo da contratação era analisar a situação das concessionárias Rosa e São João.

Essas empresas afirmavam um desequilíbrio em relação ao que foi prometido e acertado no que diz respeito ao número de passageiros a serem transportados. Esses números não batiam com a realidade, causando déficit financeiro.

Desde 2018, até essa quarta-feira (3), nenhum vereador se preocupou em fazer tal cobrança, muito menos o presidente do Sindicato dos Rodoviários, que até o início deste ano também era vereador.

Esperar que vereadores da situação fizessem tal cobrança, era o mesmo que procurar um gato de calda longa em uma sala cheia de cadeiras de balanço.

No entanto a oposição “fictícia”, naquele período, defendia apenas os próprios interesses. Podiam não ter rabos longos, mas também eram gatos.

Ainda não acredito que na segunda-feira (8) esse requerimento seja aprovado. Não sendo, espero que o vereador Jhonatas procure o Ministério Público para viabilizar sua interferência.

Mesmo o prefeito e parte dos seus subordinados desconhecendo que mobilidade urbana é um fator importante da qualidade de vida em uma cidade e do seu grau de desenvolvimento econômico e social, algo precisa ser feito.

Esses sistemas de transporte e trânsito impactam diretamente o desenvolvimento urbano, enquanto que as áreas rurais já urbanizadas necessitam de um sistema de mobilidade que acompanhe a sua expansão, o que não acontece na terra de Lucas.

Carlos Lima

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