Meus amigos sabem qual é a verdade sobre esse momento político que passa o nosso país.
Nenhum político desconhece. Todos eles, e de todos os partidos sabiam e sabem sobre a prática de corrupção existente nesse país. Todos sabiam o que os “Cunhas” vinham fazendo e sabiam há décadas.
O alto clero sempre comprou o baixo clero, tanto na Câmera Federal como no Senado. E dessa forma alguns se mantinham no topo.
A grande maioria se locupletava e ainda financiavam suas campanhas eleitorais com as propinas.
A grande maioria sabia, sabe e ainda continua a operar os esquemas financeiros de alianças na Câmara de Deputados e no Senado.
Ninguém desconhece que a participação ativa das corporações financeiras e industriais no mundo político é para impor ao país o seu verdadeiro poder,
É do conhecimento da classe política e dos mais esclarecidos que esse poder tem representação privilegiada no Judiciário, nas procuradorias e até mesmo na Polícia Federal.
Defendo a democracia, o Estado de Direito e os resultados das urnas, no entanto não sou daqueles que considera Dilma inteiramente inocente em meio a isso tudo.
Ela não faz diretamente nada disso, ela não praticou ato de corrupção, mas tem lideranças no seu partido, no Congresso e nos Ministérios que fizeram e fazem.
Ela sabe que o eles fazem, mas ela não consgue fazer nada, como Lula não fez e todos que antes dele estiveram na presidência da República do nosso país.
Eles sabem. Sabem que sempre foi assim e nada fizeram. Tanto é verdade que entra presidente e sai presidente e nenhum investiga o outro e esse fato se repete nos Estados e municípios.
O remédio para curar não pode ser ministrado ao paciente de uma só vez, ele é ministrado em doses, caso contrário ao invés de cura pode provocar a mate.
A dose para transformar o pais e combater a corrupção não pode ser dose única, por que ela não existe, deve ser de forma homeopática, caso contrário todos serão engolidos pelas consequências.
Riscar um fósforo dentro de um celeiro de palha é um convite ao suicídio, e não uma necessidade de luz.
O consolidação do impeachment será a interrupção do processo democrático, as consequências dessa ação estão sendo subestimadas, poderemos inicar um tempo de mais violência como nunca antes visto nesse país.
As portas estarão abertas para a entrada de posições radicais e violentas. Aqueles que jogam o jogo ao arrepio das Leis estarão mais mobilizados do que nunca.
O enfrentamento será claro, as discussões políticas serão alteradas, surgirá um fórum de imposições e o diálogo será alicerçado pela violência.
Com isso a derrota será do país e do povo que nele vive e não tem o privilégio da “associação criminosa”.
Na consumação do impechment, sinceramente, vejo um futuro de proximidade com as trevas do pensamento único.
Carlos Lima
