Não chega a ser caótica a administração do prefeito Colbert Martins no município de Feira de Santana, mas pode ser avaliada como uma gestão que não identifica prioridades e que está equidistante das reais necessidades do povo.
Ao ser questionado sobre as eleições municipais desse ano, fez um comparativo com as ações do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho de cinco vitórias seguidas para o executivo, sendo quatro delas em primeiro turno e uma na indicação de um ex-afilhado.
O prefeito de plantão afirmou que: “Temos que manter a unidade com Zé Ronaldo e esse ritmo de crescimento e vitórias em Feira, que vem desde 2001. Eu e ele somos o que há de melhor para Feira de Santana em termos de trabalho”.
É uma pretensão descabida. Diante do atual processo eleitoral ele é um daqueles que assume o risco do vale tudo para chegar ou permanecer no poder.
A comparação feita através do autoelogio é a negação implícita da verdade.
Ronaldo teve quase quatorze anos de governo. Colbert (MDB) com um ano e dez meses, aproximadamente, tem a petulância e o narcisismo de afirmar: “Eu e ele somos o que há de melhor para Feira de Santana em termos de trabalho”.
Se em quase quatorze anos de governo a infraestrutura foi totalmente abandonada e o neófito prefeito se coloca como o que existe de melhor no município para administrá-lo, tal afirmação pode e deve ser considerada uma blasfêmia.
Mesmo pertencendo à outra sigla partidária, insinua que o seu mantenedor, José Ronaldo (DEM) cometa traição partidária o apoiando à reeleição.
Prega uma unidade política em torno de si e joga o seu líder na fogueira do Santo Ofício, adotando o papel de Tomás de Torquemada, o temível inquisidor.
Ao receber de forma graciosa a Prefeitura de Feira de Santana, fato que nunca aconteceria pelas próprias qualidades eleitorais. Não foi capaz de retribuir a benesses recebida, e induz o seu mais recente mentor ideológico e político, a uma armadilha.
O adágio popular afirma: ”farinha pouca, meu pirão primeiro”, essa é a principal cartilha de Colbert Martins da Silva Filho.
Que deseja inverter posições, deixando de ser conduzido para ser condutor, levando o ex-prefeito a reboque de seus interesses.
Carlos Lima