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O BRT feirense está encurralado no centro da cidade e financeiramente inviável/por Carlos Lima

COLBERT E O BRT

O fiasco do BRT em Feira de Santana é uma das realidades mais vergonhosas da administração pública,  manipulada por um grupo político que se encastelou no poder há mais de vinte anos.

O Bus Rapid Transit (BRT) em operacionalidade no município é a negação do próprio sistema, ou seja: transporte rápido de ônibus.

O corredor definido para o sistema na Avenida Getúlio Vargas só existe de fato, no projeto e nos recursos destinados à construção. Os ônibus do BRT estão disputando espaço com os demais veículos que circulam na Avenida. A rapidez do deslocamento é um filme de ficção que estufou o bolso ou a conta bancária de alguém.

Enquanto essa situação de comprovada malversação do dinheiro público se consolida, grande parte dos vereadores em Feira de Santana se faz de cegos e surdos para usufruírem das benesses do executivo.

Perguntamos ao prefeito reeleito, Colbert Filho.

Se o BRT é sigla para ônibus de trânsito Rápido, onde está o corredor expresso e exclusivo para ônibus articulados sem degraus e pagamento da passagem antes do embarque na plataforma para garantir agilidade?

As estações do BRT na Avenida João Durval e Getúlio Vargas são praticamente ambientes assombrados, não se vê nenhum passageiro, se transformara em abrigo para transeuntes se protegerem da chuva.

Usuários do sistema são como perna de cobra, ninguém vê. Não existe.

O que sobrou do investimento que dizem ter realizado na construção do BRT?

Nada.

A não ser a transferência do dinheiro do cofre público, provavelmente, para bolsos desconhecidos pela justiça, mais amplamente comentados pelo povo.

Silenciar é o procedimento de muitos que se beneficiaram, se locupletaram, e de forma criminosa fizeram do dinheiro público o seu “Precioso”.

Qual o verdadeiro diagnóstico desse sumidouro de dinheiro público, chamado de BRT?

Na prática o que se vê é o oposto de tudo o que foi previsto para o transporte rápido de passageiros em Feira de Santana. Entretanto, a verdadeira finalidade deve ter atingido os fins.

Como dizem os amplos comentários que circulam na cidade, tornou alguns mais ricos e a cidade mais pobre.

Esse grupo político nunca colocou em prática uma política urbana para o transporte coletivo, sempre atuou na barganha eleitoral para iludir a população e entorpecer as consciências.

Na realidade o Projeto do BRT não passou por estudos aprofundados, foi realizado para aproveitar o embalo dos financiamentos, era o momento certo para manipular  milhões reais. Os riscos e os erros, para eles, eram insignificantes. O importante era o dinheiro disponibilizado  ser manuseado conforme interesses pessoais.

Estudos como: qual seria a frota necessária para o BRT? Qual o preço dos veículos? Quantas estações por linha? Quantas linhas alimentadoras por parada? E muitas outras seriam imprescindíveis tanto para se projetar a demanda quanto para se calcular o custo operacional e não foi devidamente estudado e analisado.

O projeto estudado foi o financeiro da construção física. O resto eram detalhes que não interessavam. O importante era levantar o valor da “obra” e consolidar o financiamento.

O BRT em Feira de Santana está encurralado no centro da cidade. No esquema atual, financeiramente inviável.

Carlos Lima

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