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Gestor feirense só tem interesse pelo voto; Covid-19 é uma peça de marketing eleitoral/por Carlos Lima

Confirmando a grave situação provocada pelo aumento dos contágios que ocorrem em Feira e Santana pelo Covid-19, o prefeito, após denúncia da Secretaria de Saúde do Estado, de que 100% dos leitos destinados ao Covid-19 estão ocupados, decide reativar oito leitos de UTI no Hospital de Campanha.

Afirma que pediu ao seu aliado Jair Bolsonaro, através do Ministério da Saúde, no dia 3 de novembro, recursos federais para custear os leitos e até o momento não recebeu a autorização.

Utilizando a decisão de bancar os custos operacionais dos leitos, joga com a vida do povo para beneficiar o marketing eleitoral visando se reeleger, nas eleições do próximo domingo (29).

A secretária de Saúde, Denise Mascarenhas que fechou essas unidades de UTI no mês de outubro, disse que “manter os leitos abertos seria um desperdício de recursos públicos, já que não estavam sendo utilizados”.

A possibilidade de salvar vidas é um desperdício? O dinheiro não é do próprio povo?

Esses recursos devem ser administrados para o benefício da população ou daqueles que fazem a sua manipulação. Como identificou a Operação Pityocampa

Entretanto não soube, ou não acompanha o recrudescimento da  propagação do vírus no país, e a redução acentuada do isolamento em Fira de Santana que vem provocando o aumento diário de contágio. Como ocorre.

É, sem dúvida, o verdadeiro quadro da falta de controle, capacidade, e análise técnica da situação para definir ações responsáveis no combate à pandemia.

O feirense nunca recebeu informações preciosas sobre o número de infectados, uma vez que a realização de testes sempre foi dificultada. A realidade ficou subavaliada devida a negligência, ou a determinação de identificar a gravidade real dos contágios.

Dizer que mais de 285 mortes não é uma taxa alta de letalidade, é um ato desumano. Não podemos considerar que vidas humanas perdidas em uma pandemia sejam apenas números estatísticos.

O trabalho é proporcionar as condições para que os óbitos sejam evitados, e isso representa identificar a real situação dos infectados,  as ações devem ser desenvolvidas para evitar a ampliação dos casos.  Inclusive em determinadas situações o acompanhamento no isolamento do paciente não é só pela gravidade do desenvolvimento do vírus e sim pelas condições individuais de isolamento, cortando a possibilidade de transmissão.

É lógico que não pode ocorrer em todos os casos, mais as exceções existem em Feira de Santana, as quais foram menosprezadas pelo governo municipal.

As atenções estavam voltadas e potencializadas para a campanha e reeleição do gestor. Do povo só interessa a conquista do voto.

Carlos Lima

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