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Reunião do Conselho de Transporte para aumento de tarifa não foi suficientemente produtivo

Reunião do Conselho de Transporte

O Conselho Municipal de Transporte (CMT), que chamo informalmente de “Comissão de Transporte”, (alguns não gostam), se reuniu na tarde desta quarta-feira (12), (como anunciado), com a finalidade de definir a proposta de aumento da tarifa do transporte de massa de Feira de Santana, a qual será apresentada ao prefeito José Ronaldo para definição.

Se não me falha a memória é a primeira vez que o prefeito recebe três valores para definir.

Geralmente as propostas de valor são votadas pelos conselheiros e a proposta vencedora é levada até o prefeito, juntamente com a ata da reunião, para conhecimento de tudo que foi discutido, servindo, evidentemente, de subsídio para a decisão do ALCAIDE.

Agora temos três valores posto na mesa.

São os seguintes: R$3,30, R$3,32 e R$3,46. Um desses valores será sancionado como o valor da nova passagem de ônibus e anunciar a data para entrar em vigor.

Fiquei um tanto confuso com as explicações do secretário Pedro Boaventura.

A reunião para discutir planilhas do custo operacional do transporte de massa em Feira de Santana, tenha encontrado tempo para se avaliar as melhorias do transporte em 2016, e os gargalhos, segundo ele, ainda existentes.

Assuntos que nada tem haver com o tema pautado. Os quais deveriam e devem ser discutidos em momento oportuno, no mínimo para desconstruir a informação de que esse Conselho só se reúne para aumentar tarifa.

A tarifa

Destacou que o conselho apresentou uma proposta de 7,10% de reajuste, a prefeitura defendeu 7,12% e as empresas de ônibus 8,79%.

Disse ainda que todas as propostas passarão pela avaliação do prefeito e segundo o secretário a reunião observou também que prevaleça a proposta que tenha o valor mais aproximado na quantia de centavos.

Se a “Comissão” digo: Conselho teve essa decisão porque enviar três valores. Quais os critérios que foram adotados para se encontrar os percentuais e seus referidos valores?

Trocando em miúdos o que o Conselho analisou e decidiu?

Nada.

As propostas deveriam ter sido discutidas, votadas conforme as avaliações técnicas e a vencedora encaminhada ao prefeito para decisão final.

O Conselho existe para discutir as planilhas e encontrar o valor mais justo.

Entende-se que a proposta mais justa é a da Prefeitura. Mesmo por que, esse valor, deve ter sido discutido anteriormente em reunião com o prefeito, os secretários do setor e os técnicos do poder público.

O principal papel do secretário seria defender a proposta do governo apresentando dados e explicitando como esse valor foi encontrado pelos técnicos.

Tarifa diferenciada

O secretário salientou ainda que mesmo com a definição da nova tarifa do transporte público, continuará a diferenciação da tarifa social: o valor pago em espécie (novo valor ainda não definido) e o valor no cartão de passagem.

Como não foi discutido esses itens e teve tempo para avaliar as melhorias?

Algo positivo nessa reunião foi à manutenção da meia passagem paga em dinheiro aos domingos e feriados.

Transporte alternativo e mototáxi

O secretário de Transito e Transporte relatou que na reunião também se abordou sobre o recadastramento das vans do transporte alternativo, bem como a viabilidade de implementação do mototaxímetro nas motos do sistema, além da utilização da indumentária devida.

O presidente da Cooperativa do Transporte Alternativo de Feira de Santana (Coopetrafs), José Vicente, apresentou a proposta de uma tarifa de R$3,30, a qual considerou a mais aceitável.

 Sobre as condições do transporte alternativo, José Vicente disse que haverá uma nova reunião do Conselho no prazo de 90 dias para discutir a apresentação do alvará definitivo e o novo contrato.

Além de reivindicar melhorias nos corredores de tráfego (vias) utilizados pelo transporte coletivo.

Ficamos sem saber, até o momento o valor proposto para a zona rural, em virtude das diferentes distâncias dos distritos para o centro na zona urbana.

Não vamos alongar essa avaliação preliminar, mas tudo indica que a pauta da reunião não foi elaborada conforme a importância do tema e as consequências do seu resultado, diante da situação de instabilidade econômica e financeira vivenciada atualmente por todos, principalmente a classe trabalhadora que não teve nenhum ganho real no aumento do salário mínimo este ano.

cljornal

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