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Secretária de Saúde sumiu da mídia ou está de quarentena/por Carlos Lima

Prefeito Colbert Martins e Denise Mascarenhas, secretária de Saúde

Sem qualquer presença na mídia, em Feira de Santana, nesse momento de grave crise do Covid-19, a secretária de Saúde do município deixou um mar de dúvidas na população e aguçou a criação de hipóteses sobre as rações da sua retração nas ações da Secretaria.

Se após o bloqueio dos seus bens pela Justiça, em virtude da operação Pityocampa. Ela não perdeu a confiança do executivo, muito pelo contrário,  o alcaide  declarou publicamente acreditar na sua inocência e a manteve no cargo. Por que a retração?

O que justifica seu silêncio e ausência nas ações de saúde no combate a contaminação pelo coronavirus?

O prefeito está presente e a secretária parece nem existir.

Sua presença era constante em todas as ações de sua Secretaria.

Ela não se ausentava de suas responsabilidades. Simplesmente sumiu.

Boatos

Infelizmente teremos que registar suspeitas, que no dito popular são conhecidos como boatos.  Outro ‘provérbio’ popular afirma que onde há fumaça, tem fogo.

O primeiro é que o prefeito deseja reduzir sua rejeição eleitoral e mostrar eficiência no combate ao Covid-19.

Segundo, a permanência e a declaração de confiança na secretária, foi um acordo para manter seu silêncio diante das investigações da Operação Pityocampa sobre a participação de agentes públicos.

Ela não pode participar de delação premiada. Se contar o que sabe será um tsunami na política feirense.

Terceiro, participando ao lado de Colbert nas ações de saúde, no momento, seria questionada sobre o desvio milionário de recursos na área, no município, pois está envolvida até o pescoço, conforme indisponibilidade dos seus bens pela justiça, prejudicaria politicamente Colbert Martins, no seu desejo de reeleição.

Não nos cabe condenar nem absolver ninguém, a imprensa não tem poder para tal. Mas podemos fazer repercutir que a sociedade pensa sobre o caso.

E fazemos isso de forma que todos possam entender.

Se eles não conseguem, nada podemos fazer.

Aguardarmos que a justiça pronuncie a sentença e consiga recuperar os recursos que foram subtraídos de forma criminosa pelos denunciados.

Carlos Lima

Para entender a confiança do prefeito nos envolvidos.

Colbert Filho reafirma confiança em servidores municipais que tiveram bens bloqueados
4/mar/2020 . 6:20

“Todos continuam merecendo a minha confiança”, afirma o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho (MDB), sobre os quatro ocupantes de cargos na Administração, bem como também o ex-prefeito José Ronaldo, que sofreram bloqueio de bens pela Justiça Federal, conforme noticia a imprensa, em desdobramento de processo envolvendo o contrato da Coofsaude. Esta cooperativa prestou serviços para o Município, na área de saúde, até ser afastada devido a denúncias do Ministério Público, de supostas irregularidades.

Entre os integrantes da Administração Municipal que tiveram os bens bloqueados, a secretária de Saúde Denise Mascarenhas e o ex-procurador geral do Município e atual superintendente de Defesa do Consumidor (Procon) Cleudson Almeida.  “Essas pessoas farão a sua defesa, em uma decisão que tem caráter liminar.  Mantenho a minha confiança em sua inocência e continuarão o seu trabalho”, afirma o prefeito.

Colbert  se manifesta solidário ao ex-prefeito José Ronaldo, a quem sucedeu no cargo e que também teve bens bloqueados pela Justiça no mesmo processo. “É um homem honrado, com mais de 50 anos de vida pública sem qualquer mácula à sua imagem e que tem grande credibilidade junto a população. Haverá de confirmar a sua inocência”.

Em relação a informação divulgada por um site de que a sua gestão não conseguiu comprovar a execução de serviços da ordem de 14 milhões de reais, relativos ao contrato com a extinta Coofsaude, o prefeito diz que ela não procede. As contas de 2018 da Prefeitura foram aprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios.  Em seu relatório sobre o exercício, o TCM  diz exatamente o contrário, ao reconhecer  “a ausência de qualquer indicativo de que os serviços não foram prestados”.

 

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