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A creditem: Bolsonaristas estão afirmando nas redes que Bolsonaro ganhou as eleições com 73% dos votos

Bolsonaristas divulgam fake, que ele ganhou as eleições

Bolsonaristas retornaram a questionar os resultados das eleições presidenciais e estão sugerindo que o ex-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), venceu o pleito com 73,5% dos votos válidos.

A mensagem tem sido disparada em diversos grupos nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, assim como foi feito antes dos ataques terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro.

Na mensagem, os apoiadores do ex-presidente sugerem que um ataque hacker “quebrou” os códigos fonte das urnas eletrônicas, mostrando a suposta vitória de Jair Bolsonaro contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno do pleito realizado em outubro de 2022.

O Partido Liberal chegou a entrar com um recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar o funcionamento das urnas do modelo anterior ao UE2020. O presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, chegou a contratar um grupo de especialistas para a realização de uma auditoria interna das urnas.

Na época, o PL sugeriu que Bolsonaro havia vencido o segundo turno das eleições 51,05% dos votos válidos.

O questionamento resultou em uma multa de R$ 22,9 milhões por “litigância” e “má-fé”.

De acordo com a decisão do presidente do TSE, Alexandre Moraes, a legenda não apresentou quaisquer indícios e circunstâncias que justificassem a instauração de uma verificação extraordinária em urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das eleições.

A CGU (Controladoria-Geral da União) revisou 234 sigilos a informações públicas impostos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e criou novos critérios expandindo o acesso a dados públicos

 Entre os casos estão as entradas dos filhos do ex-presidente Bolsonaro no Palácio do Planalto e o processo disciplinar que inocentou o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) por participar de um ato político com o ex-presidente quando ainda era general da ativa. 

Já o caso do cartão de vacinação de Bolsonaro não tem ainda uma decisão tomada.

“Ele envolve reflexões importantes, há uma dimensão sobre a privacidade que não pode ser deixada de lado”, disse o ministro da CGU, Vinicius de Carvalho.

A revisão dos sigilos impostos por Bolsonaro foi uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomada durante a sua posse.

O presidente deu 30 dias para que a CGU analisasse os casos e determinasse a abertura nos casos em que os sigilos fossem excessivos.

 “Não dá para dizer que todos [os casos serão publicizados], pode ser que tenha casos que por razões técnicas o sigilo seja mantido”, disse Carvalho.

De acordo com ele, deve levar entre 60 e 90 dias para que o órgão revise os 234 casos e opine sobre cada um deles, revogando o sigilo ou não. Em todos os casos, os dados devem ser fornecidos a quem fez o pedido.

No caso do processo envolvendo o ministro Pazuello, exemplificou Carvalho, há dez casos em análise na CGU.

Os enunciados definidos pela CGU dizem que os registros de entradas e saídas de prédio público devem ser fornecidos a não ser quando envolverem agendas sigilosas, como a confecção de um plano econômico ainda não publicizado ou uma investigação em andamento.

No caso de residências oficiais, as informações públicas são aquelas que se referem a agendas oficiais.

Outro enunciado da CGU determina que procedimentos disciplinares de militares serão públicos a partir da sua conclusão, como é o caso de Pazuello

A CGU também restringiu o uso de argumentações comuns para determinar o sigilo de informações públicas, como a existência de dados pessoais em um documento.

Nessa situação, apontou o ministro, é possível tarjar a informação pessoal e fornecer o acesso ao arquivo.

No caso de telegramas, despachos telegráficos e circulares do MRE (Ministério das Relações Exteriores), a “proteção das negociações e das relações diplomáticas do país não podem ser utilizadas como fundamento geral e abstrato para se negar acesso”, apontou o ministro.

Além dos doze enunciados, a CGU fez três recomendações para os órgãos do Poder Executivo com o objetivo de aumentar a cultura de publicidade no governo federal.

A primeira pede uma revisão dos fluxos de desclassificação de informações que foram consideradas sigilosas.

A ideia é que dados considerados secretos sejam automaticamente tornados públicos quando o prazo vencer, não necessitando de um novo pedido.

Outro ponto é a revisão do regimento interno do órgão máximo que avalia pedidos de LAI (Lei de Acesso à Informação), a Comissão Mista de Reavaliação de Informações para aumentar o controle sobre as determinações de sigilo.

“Há indícios de uso excessivo da prerrogativa de classificação por parte de alguns órgãos públicos”, apontou Carvalho.

Por fim, a CGU vai recomendar que no caso em que o solicitante da informação recorra a uma negativa, o órgão em questão forneça o dado para a CGU, agilizando assim uma decisão final e diminuindo o número de recursos que chegam até a o órgão.

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