O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Jair Bolsonaro (PL) se “estranharam” durante a reunião da bancada do PL que discutiu fechar os votos de forma contrária à aprovação do projeto de reforma tributária, que deverá ser votado nesta quinta-feira (6) pela Câmara dos Deputados.
Na reunião, Tarcísio defendeu que a bancada vote pela aprovação do projeto alegando que a “direita não pode perder a narrativa de ser favorável à reforma tributária”.
“Porque senão a reforma tributária acaba sendo aprovada e quem aprovou?”, completou.
Pouco depois, Tarcísio foi interrompido por Jair Bolsonaro, que vem defendendo que a bancada do PL vote “contra tudo” que for apresentado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Pessoal, se o PL estiver unido, não aprovam nada. Vai depender de nós”, disparou o ex-mandatário.
Tarcísio tentou se justificar: “vou deixar uma coisa clara aqui: eu não estou defendendo a votação no dia de hoje, não.
O que eu estou querendo explicar e estou vindo aqui explicar, com a maior humildade do mundo, é que eu acho arriscado para a direita abrir mão da reforma tributária”.
A ira de Bolsonaro, que na semana passada foi declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se deve ao fato de Tarcísio ter defendido na segunda-feira, com poucas ressalvas, o projeto da reforma tributária do governo Lula.
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