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Deputado revela que silêncio de Bolsonaro foi parte de acordo com Moraes para não prender Carluxo

Justiça faz acordo, tudo farinha do mesmo sacso

O deputado federal Paulo Pimenta (PT) revelou nas redes sociais que o silêncio repentino do presidente Jair Bolsonaro após as estrepolias do feriado de 7 de setembro, quando liderou manifestações abertamente golpista e com ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Seria parte de um acordo firmado entre o ministro Alexandre de Moraes e o atual inquilino do Planalto, para que seu filho Carlos, apontado como chefe do Gabinete do Ódio, não fosse preso.

Pimenta já havia contado que fontes palacianas narraram uma cena patética na qual Bolsonaro chorou ao telefone com o ministro do STF, ao lado de Michel Temer (que foi levado a Brasília às pressas), para evitar que Carluxo, o rebento 02, tivesse sua prisão decretada pela Justiça.

“A partir da postura adotada por Alexandre, surge a nota escrita por Temer. O Ministro ainda exigiu que cessassem os ataques ao STF, a todos os integrantes da corte e ao sistema eleitoral brasileiro. O que aconteceu, visto a entrevista de Bolsonaro para a Veja”, relata o deputado petista em seu perfil oficial no Twitter.

A postagem do parlamentar diz ainda que Bolsonaro deu sua palavra de que o filho, famoso por sua virulência descompensada nas redes (com textos ininteligíveis), ficaria quieto, o que de fato tem sido observado nas últimas semanas.

Ainda de acordo com a versão de Paulo Pimenta, o presidente da República tentou de várias formas um encontro oficial com Alexandre de Moraes, mas diante das negativas, enviou o ministro da Justiça, Anderson Torres, como seu emissário para tratar do assunto, que foi até São Paulo, na casa do magistrado, num avião da FAB, selar o combinado.

 

Henrique Rodrigues

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