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Em 20 anos o país não precisará mais do Bolsa Família, diz Temer

O presidente Michel Temer

O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (7) que o programa Bolsa Família é “útil”, porém não deve ser “eterno”. Segundo o presidente, se o Brasil prosperar, “quem sabe” o programa social não seja necessário daqui a 20 anos.

Temer deu a declaração durante evento do setor de supermercados em São Paulo.

Na oportunidade, ele pediu aos empresários do ramo que ofereçam emprego a filhos de lares beneficiários do Bolsa Família, como uma iniciativa do programa do governo federal chamado Progredir.

Lançado em 2017, o Progredir tem o objetivo de elevar a renda das famílias para que elas possam deixar o Bolsa Família. A ação oferece cursos de qualificação profissional, ajuda na seleção de oportunidades de trabalho e disponibiliza microcrédito para famílias de baixa renda, inscritas no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal.

“Esse Progredir tem como base a seguinte convicção, a seguinte ideia: o Bolsa Família é útil nesse momento, mas evidentemente que não há de ser eterno. Quem sabe o Brasil prospera de uma tal maneira, que daqui a 20 anos você não precise mais do Bolsa Família. Mas para isso é preciso progredir”, disse Temer.

O presidente ainda declarou que vai pedir ao ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, para procurar os empresários e viabilizar a oferta de trabalho aos beneficiários do Bolsa Família.

“Vou pedir exatamente que entrem em contato para que contratem os filhos das famílias do Bolsa Família, porque eles começam a trabalhar e, aqui eu estou dando uma coisa de natureza social para os supermercados, porque os senhores vão colaborar para a redenção daqueles que têm mais dificuldades econômicas no nosso país”, disse o presidente.

Temer voltou a listar medidas adotadas em seu governo que, segundo ele, geraram resultados positivos na economia e modernizaram o país. O presidente citou o teto os gastos públicos e a reforma do Ensino Médio.

Ele também comemorou a queda da inflação e da taxa de juros que, segundo o presidente, judam na valorização dos salários dos trabalhadores e permitem que os empresários não aumentem os preços de seus produtos.

“Isso chega não só as camadas mais prestigiadas do povo, mas também às classes mais vulneráveis”, disse.

Guilherme Mazui

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