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General Santos Cruz sobre reação de Bolsonaro a leite condensado: “Vergonha. Vulgaridade”

General Santos Cruz mais uma vez recrimina Bolsonaro

O general Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, reagiu indignado, nesta quinta-feira (28), no Twitter, às declarações do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) sobre a compra sem licitação de 15 milhões em leite condensado. De acordo com Santos Cruz, a resposta do presidente foi uma “vergonha” e “vulgaridade”.

O general disse ainda que Bolsonaro não teve “noção institucional e do cargo.

Falta de respeito com a população e o país que representa. Nada a ver com a necessidade de medidas de apoio às empresas, pessoas e reação a comentários. Populismo barato. Não é exemplo nem caminho para solução”, disse ainda.

Bolsonaro se irritou na quarta-feira (27) ao comentar sobre os dados que apontam um gasto de R$ 15 milhões em leite condensado no ano de 2020 por parte do Executivo Federal.

“Quando eu vejo a imprensa me atacar, dizendo que eu comprei 2,5 milhões de latas de leite condensado… Vai para a puta que pariu, porra! É pra enfiar no rabo de vocês, imprensa”, disse o presidente em evento com aliados em uma churrascaria de Brasília.

O deputado federal Paulo Pimentar (PT-RS), também reagiu ao vídeo: “Escroto, covarde, bandido miliciano, acha que com ofensas vai intimidar a imprensa e a todos nós que investigamos e denunciamos as safadezas dele e da família. Bolsonaro: futuro de vocês é Bangu 8!”.

Parlamentares de oposição articulam a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o carrinho de compras do Governo Federal, que foi de R$ 1,8 bilhão em 2020, segundo levantamento do (M)Dados.

Pimenta foi um dos que defendeu a “CPI da Mamata”. Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Helder Salomão (PT-ES) estão entre os que formalizaram pedidos de CPI.

Além dos custos do leite condensado, foram R$ 16,5 milhões com batata frita embalada, R$ 13,4 milhões com barras de cereais, R$ 21,4 milhões em iogurte natural, R$ 8 milhões em bombons, R$ 2 milhões em chicletes, entre outros.

Julinho Bittencourt

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