Com um doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales na França, além de outro título de doutora em Direitos Humanos pela Universidad Pablo de Olavide, Espanha e também mestre em direito pela UFSC, a professora da UFRJ, Carol Proner, foi reduzida a “esposa de Chico Buarque” em matéria do jornal O Globo, que citou sua nomeação para a Comissão de Ética Pública do governo, assinada neste sábado pelo presidente Lula.
A deputada Elika Takimoto resgatou a biografia de Carol ao criticar o jornal: “Machismo escancarado”.
O Youtuber Felipe Neto também rechaçou a matéria: “Que nojo”.
Outros internautas também criticaram o jornal e o sensacionalismo barato em nome de cliques na página.
“Ótima professora. Tive aula com ela sem nem saber quem era o marido. Se o Chico Buarque é marido dela, sorte a dele”, disse um internauta.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou a jurista Caroline Proner, de 49 anos, mulher do cantor e compositor Chico Buarque, para ocupar uma cadeira na Comissão de Ética Pública no próximo triênio. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, no sábado (23).
A comissão, diretamente ligada à presidência, é responsável por investigar denúncias que envolvam membros do governo e pode aplicar penas que vão desde advertência e censura à indicação de exoneração ou de investigação de transgressão disciplinar pela Controladoria-Geral da União (CGU).
A comissão é composta sempre por sete pessoas que “preenchem os requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública” designados pelo presidente da República.
“Recebi, com muita alegria e honra, o convite do presidente Lula para integrar a Comissão de Ética Pública da Presidência da República”, reagiu Proner em sua página no Instagram, em publicação acompanhada de uma foto do momento em que Lula assinou a nomeação.
A atuação na Comissão não prevê remuneração para seus membros e o trabalho desenvolvido é considerado de “prestação de relevante serviço público”.