Após três divulgações afetadas pela greve, o IBGE retomou nesta quinta-feira (25) a divulgação completa da Pesquisa Mensal de Emprego, que mostrou uma taxa de desemprego de 5% em agosto.
Foi a menor taxa para um mês de agosto em toda a série da pesquisa, iniciada em março de 2002. Em agosto de 2013, a taxa havia sido de 5,3%.
De janeiro a agosto, a taxa média de desemprego ficou em 4,9%, também na mais baixa marca para o período -desta vez, desde 2003, já que a série não tem dados de janeiro e fevereiro de 2002.
No mesmo período de 2013, o percentual era de 5,7%.
Analistas esperavam uma taxa na ordem de 4,5% a 5% para agosto. A taxa de desemprego se mantém baixa por conta da Copa, com efeito em junho e julho, e em agosto já sob impacto das eleições, que geram empregos temporários.
Manteve-se ainda um padrão de baixa procura por trabalho, tendência que prevalece neste ano e pode representar o desalento de uma parcela da população em idade para trabalhar.
O percentual de agosto supera ligeiramente a taxa de julho, de 4,9%. O resultado de junho foi de 4,8%. O de maio ficou em 4,9%.
Segundo o IBGE, essas diferenças não têm relevância estatística.
Todas essas taxas são a média das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE mensalmente, que deixaram de ser calculadas porque a paralisação impediu a conclusão da coleta dos dados em campo em Salvador e em Porto Alegre.
O último dado disponível era o de abril, quando a taxa ficou em 4,9%.
Para Cimar Azeredo, coordenador do IBGE, o número de vagas geradas em agosto foi “significativo”, mas não foi suficiente para cobrir toda a procura e fazer com que a taxa de desemprego recuasse.
Na sua visão, a taxa de desemprego se mantém estável ao longo de todo o ano, oscilando na faixa dos 5%.
Fonte: PEDRO SOARES