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Mourão recebeu traficante internacional em audiência no Palácio do Planalto, diz site

Traficante identificado por circulo vermelho, recebido por Mourão

O general e senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) recebeu enquanto vice-presidente no Palácio do Planalto, no dia 9 de março de 2019, o ex-militar  Milton Costantino da Silva, preso cerca de um ano depois, em 23 de novembro de 2020, pela Polícia Federal (PF) por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa no âmbito da “Operação Enterprise.

Segundo a agência Sportlight, “na página institucional da vice-presidência, não consta a agenda do vice Hamilton Mourão de 19 de março de 2019.

Mas uma publicação dos visitantes, com fotos do grupo, afirma que a pauta do encontro foi sugerir ‘uma série de propostas visando, em especial, uma participação mais efetiva dos reservistas das Forças Armadas Brasileira junto à sociedade brasileira, auxiliando na promoção da cidadania, patriotismo e fortalecendo a Associação de Reservistas’”.

Ainda conforme a reportagem, o grupo de quatro ex-militares embarcou para Brasília partindo de São José do Rio Preto (SP) em um avião pertencente a Costantino. A aeronave era utilizada pelo grupo criminoso ligado a Costantino para o tráfico de cocaína.

Em Brasília, o grupo foi alvo de uma investigação por parte dos serviços de inteligência “para evitar problemas de exposição ao vice-presidente Hamilton Mourão.

O prontuário de Milton Constantino, já ali bem repleto de atividades criminosas com registro, passou batido pelos militares da inteligência ligados ao general”, ressalta um trecho da reportagem.

Um dos integrantes da comitiva, o corretor imobiliário Edson Mezomo, diz que a pauta comum “juntava os quatro através de contato nos encontros da Associação dos Reservistas do Brasil. Mas que desconheciam totalmente a atividade ilícita de Milton Costantino da Silva”.

De acordo com os investigadores da Operação Entreprise, Constantino “era o braço direito do ex-major da polícia militar, Sérgio Roberto de Carvalho, o maior traficante brasileiro em atividade por ocasião da operação.

Milton Constantino foi apontado nas investigações como um dos líderes da quadrilha, abaixo apenas do ‘Major’”.

A ação da PF contou com o apoio e colaboração de diversos países, como Estados Unidos, Colômbia, Portugal e Espanha, entre outros, e é considerada uma das maiores operações de combate ao tráfico internacional de entorpecentes realizada no Brasil.

 

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