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Nada importa, só o projeto das eleições 2018

A Luta continua

A maior preocupação que ronda as cabeças petistas e de aliados é manter o fogo das eleições de 2018.

Se antes do impeachment de Dilma Rousseff já era a pauta política partidária, com as denúncias do Ministério Público Federal a questão passou a ser a emergência.

Nesse embate, ou nessa guerra, a verdade é a primeira vítima, como afirmou Ésquilo, dramaturgo da Grécia Antiga.

As falas de todos os líderes do PT seguem nesse caminho: “Querem inviabilizar Lula para as eleições” ou “é um golpe contra Lula”.

O grande timoneiro do partido passa por uma borrasca que é capaz, certamente, de tirá-lo do páreo.

Há dois caminhos que o “lulapetismo” pode tomar, ou caminhar por ambos daqui para frente.

O primeiro é atacar parte das instituições e figuras nacionais. Lula da Silva já fez isso ao afirmar que o Supremo Tribunal Federal estava acovardado.

A segunda, é se colocar numa posição de vítima, ao embalar um esforço midiático de que há uma “grande conspiração” para mutilar o partido e seu grande líder.

De qualquer forma, o Norte é sempre as eleições presidenciais de 2018. Há vários sinais com a criação de perfis nas redes sociais, num grande esforço para que o PT possa ser o principal protagonista daqui a dois anos.

A capacidade e a estratégia de marketing petista já foi provada em várias ocasiões e não será desta vez que esta ferramenta será descartada.

E neste aspecto, a mídia tradicional continuará sendo criticada, embora o seu conteúdo seja constantemente usado como peça de campanha.

A ordem é ampliar a blindagem a Lula da Silva, transformá-lo num mártir.

A esta altura do campeonato, a prisão de que tanto se fala, viria a calhar. Seria a peça angular no tamanho exato para embalar a estratégia do plano 2018.

Pesquisa divulgada no início de junho pelo Ibope/CNT, indica que o ex-presidente seria o candidato mais votado em todos os cenários de primeiro turno para as eleições presidenciais de 2018.

Lula da Silva é o salvador para seus aliados. Sem ele, os planos de muita gente vão por água abaixo.

*Gilmar Correa é jornalista

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