Se utilizando sempre dos mesmos bordões o governo negacionista de Jair Bolsonaro repete e reforça os discursos e os valores utilizados pelos senhores da Casa Grande, ao longo de três séculos de escravidão.
Buscando manter o povo cativo em nome de uma unidade que nunca existiu, a não ser no ideário burguês. A cópia grotesca do presidente Jair Bolsonaro defende o velho e desgastado argumento de que o Brasil tem uma cultura diversa, única entre as nações.
Como se isso desse direito e servisse de justificação para todo tipo de violência que é perpetrada contra o povo. A falácia oca do mandatário político foi toda ela forjada visando justificar o injustificável. O conteúdo carece de consistência prática.
Quando ele fala que há interessados que quer destruir a soberania do país e colocar em seu lugar o conflito, o ódio, o ressentimento, a divisão de classe sempre mascarada de “luta por igualdade” ou “justiça social” da essência desse povo que conquistou a simpatia do mundo. Tudo em busca do poder.
A impressão que nos passa é que ele está fazendo uma espécie de autorretrato do modelo adotado de sua administração. Que ao longo de dois anos não tem feito outra coisa senão instilar o ódio entre as pessoas.
Em seguida, argumenta que o grande mal do país continua sendo a corrupção moral, política e econômica. Bolsonaro deveria ser a última pessoa a falar sobre tais conceitos que ele tão bem, juntamente com sua familicia, praticam com muita maestria e de forma despudorada.
A única verdade dita ao longo de todo discurso proferido por ele foi ao afirmar e reconhecer que existem diversos interesses para que se criem tensões entre o povo brasileiro. Interesses esses, que tem como timoneiro dessa nau chamada Brasil, o próprio.
Em seguida faz uma colocação cínica ao garantir que um povo unido é um povo soberano, um povo dividido é um povo vulnerável. Um povo vulnerável é mais fácil de ser controlado. O curioso é que este conceito de povo dividido tem sido uma prática e incentivo feito pelo seu desgoverno de terraplanistas.
E para finalizar a tragédia discursiva dele, lança mão de uma alegoria simplória ao afirmar se considerar que na condição de presidente daltônico, todos brasileiros têm a mesma cor. Esqueceu de acrescentar, mas não os mesmos direitos.
“Aqueles que instigam o povo à discórdia, fabricando e promovendo conflitos, atentam não somente contra a nação, mas contra nossa própria história. Quem prega isso, está no lugar errado. Seu lugar é no lixo”!
Lixo esse de onde ele e seus seguidores surgiram e que devem retornar o mais breve possível, para o bem do povo e da nação brasileira.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)