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Delegação brasileira vai até o Uruguai para advertir sobre à legalização da maconha

 

Uma delegação de autoridades brasileiras se reunirá nesta terça-feira (5) com parlamentares uruguaios para advertir dos riscos, para o país e para a região, da legalização de compra e venda e do cultivo de maconha prestes a ser aprovada no Uruguai. A delegação será liderada pelo deputado federal Osmar Terra, médico de profissão, ex-secretário de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul e colaborador próximo da presidente Dilma Rousseff.

Também integram o grupo Marcelo Dornelles, subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do Rio Grande do Sul e Vitore Maximiano, diretor da Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça.

A comissão, integrada por representantes da governante coalizão de esquerda Frente Ampla, o Partido Nacional ou “Blanco” e o Partido Colorado receberá a delegação brasileira.

O projeto de lei que legaliza a compra e venda e o cultivo de maconha no Uruguai será votado em meados deste mês no Senado, onde conta com os votos necessários para sua aprovação devido a maioria que o governo possui na casa, e poderia entrar em vigor antes de dezembro.

Rebatendo nota publicada no jornal uruguaio El País no último sábado (2), de que o Brasil tentará “frear” lei uruguaia, o secretário nacional de Políticas sobre Drogas brasileiro, Vitore Maximiano, disse que o Brasil respeita a posição do Uruguai e obviamente não interferirá nos rumos da política do país, cujas decisões cabem exclusivamente aos uruguaios.

Na noite de domingo (3), o secretário-geral da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, também desmentiu a existência de uma comitiva brasileira interessada em desestimular a proposta uruguaia.

Omar Terra, defende que sua preocupação, sendo ele um parlamentar e agente de saúde pública, é: “o que acontecer no Uruguai terá também consequências no Brasil, seja pela nossa proximidade, seja pelas afinidades econômicas e culturais que temos.” O deputado também disse querer “deixar bem claro que nessa visita não há nenhum ineditismo e intenção outra que a de aprofundar o debate sobre o tema das drogas”.

Fonte: Redação

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