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Maduro anuncia fim da Assembleia Nacional Constituinte

Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela

A chavista Assembleia Constituinte da Venezuela irá funcionar até dezembro, quando será escolhido o novo Parlamento, anunciou nesta segunda-feira 17 o presidente Nicolás Maduro, durante videoconferência do governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

As eleições legislativas foram boicotadas pela oposição e questionadas por Estados Unidos e União Europeia.

Eleita em 30 de julho de 2017, em meio a protestos em massa que deixaram mais de 100 mortos, a Constituinte tomou as atribuições do Parlamento, único poder controlado pela oposição no país, promulgando decretos-lei de aplicação imediata.

Ela é considerada ilegal pelos adversários de Maduro.

Os membros do órgão, todos chavistas, foram eleitos em votações não reconhecidas pela oposição, pelos Estados Unidos e por vários governos da América Latina.

Legalmente, sua função é redigir a nova Constituição, mas não houve notícias a respeito da mesma.

As eleições para o Parlamento, unicameral, marcadas para 6 de dezembro, serão boicotadas pela maior parte da oposição, que classifica as mesmas de fraude.

Os Estados Unidos anteciparam que não irão reconhecê-las, e a União Europeia pediu o seu adiamento, por considerar que elas não oferecem condições para um processo “transparente e justo”.

“Enfrentamos um boicote mundial contra as eleições parlamentares constitucionais da Venezuela e temos que enfrentá-lo”, disse Maduro hoje.

A decisão dos principais partidos opositores de se retirarem em bloco das eleições parlamentares foi tomada depois que o governista Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) nomeou novas autoridades eleitorais, o que cabia ao Legislativo.

O tribunal também designou como dirigentes dos três principais partidos de oposição (entre eles o de Juan Guaidó, Vontade Popular) apoiadores do regime chavista.

Reuters

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