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Parlamentares ucranianos veem condições para negociar o fim do conflito com a Rússia

Parlamentares ucranianos querem negociar o fim da guerra

Deputado ucraniano preso por traição diz que número de parlamentares dispostos a se demitir é alto e muitos já consideram as condições necessárias para negociar o fim do conflito.

As condições necessárias para discutir o fim do conflito ucraniano estão aumentando a cada dia.

A afirmação foi feita pelo deputado ucraniano da Suprema Rada, o parlamento unicameral da Ucrânia, Aleksandr Dubinsky, atualmente preso pelo governo ucraniano por suspeita de traição.

Em relatos postados por seus advogados no Telegram, Dubinsky comentou as declarações feitas recentemente por David Arakhamia, líder do partido Servo do Povo, do presidente ucraniano Vladimir Zelensky, que alertou que o parlamento se aproxima de uma grave crise devido à intenção de vários deputados de se demitirem.

Segundo Arakhamia, 17 integrantes do Servo do Povo, além de parlamentares de outras legendas, manifestaram essa intenção.

Segundo Dubinsky, o motivo dessa tendência é o medo.

“Se li bem os sinais, estão a ser criadas cada vez mais condições necessárias a fim de começar a discutir os parâmetros para acabar com a guerra”, afirmou o deputado.

Na opinião do deputado, a posição irreconciliável de Zelensky está ligada ao término de seus cinco anos de mandato, o que torna as declarações categóricas do presidente um slogan político.

As eleições presidenciais estavam programadas para ocorrer na Ucrânia na primavera europeia de 2024. No entanto, as autoridades do país prorrogaram a lei marcial, portanto, a votação não será realizada.

Zelensky está ficando encurralado e praticamente abandonado por diversos aliados. Se não quiser destruir o país e salvar o que resta, é preciso negociar o fim da guerra, diz a maioria dos parlamentares.

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