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‘Espero que o Congresso, ao invés de proteger os mais ricos, proteja os mais pobres’, diz Lula sobre tributação dos super-ricos

Tributação dos mais ricos

Nesta segunda-feira (28), além de sancionar a nova política de reajustes do salário mínimo e a nova faixa de isenção do Imposto de Renda, o presidente Lula (PT) editou uma Medida Provisória que prevê a tributação de 15% a 20% sobre rendimentos de fundos exclusivos, também conhecidos como fundos dos ‘super-ricos’, e enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que tributa o capital de residentes brasileiros aplicado em paraísos fiscais (offshores e trusts).

Nesta terça-feira (29), em participação no ‘Conversa com o Presidente’, Lula disse esperar que os parlamentares, ‘ao invés de protegerem os mais ricos, protejam os mais pobres’, validando a Medida Provisória e aprovando o projeto de lei.

“Durante a campanha eu dizia: a solução do Brasil vai ser encontrada quando a gente decidir colocar o rico no Imposto de Renda e o pobre  no orçamento. É isso que nós começamos a fazer ontem”, resumiu.

“Essas pessoas ganham muito dinheiro e não pagam nada de Imposto de Renda. Então é importante que as pessoas compreendam que o Estado de bem-estar social que existe na Europa é feito porque há uma contribuição equânime, mais justa do pagamento do Imposto de Renda.

Não é como aqui no Brasil que quem paga mais é o mais pobre. Se a gente for comparar proporcionalmente, o mais pobre paga mais Imposto de Renda do que o dono do banco.

Só desconta mesmo de quem vive de salário. As pessoas que vivem de rendimento, que recebem lucro no final do ano, termina não pagando Imposto de Renda”.

Segundo o presidente, “o que nós fizemos é uma coisa justa, sensata, que eu espero que o Congresso Nacional, de forma madura, ao invés de proteger os mais ricos, proteja os mais pobres, que é o que o Brasil está precisando para ser uma sociedade mais democrática, mais igual, de classe média.

Tudo que nós queremos é criar uma sociedade de padrão de classe média, onde todos possam ter emprego, possam trabalhar, estudar, passear, ter acesso à cultura”.

Agência Brasil

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