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“Inimigos do sionismo devem morrer “: Sâmia é ameaçada, aciona Lewandowski a investigar “Inimigos do sionismo devem morrer”

Deputada Federal Sâmia Bonfim

A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) recebeu um e-mail ameaçador contra sua postura em defesa do povo palestino e contrária ao genocídio promovido pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza. Segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a parlamentar acionou o Ministério da Justiça para que a Polícia Federal seja convocada a investigar a ameaça.

O e-mail “os inimigos do sionismo devem morrer e você é um deles” foi enviado na quarta-feira (21) e fala em exterminar aqueles que vivem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. O texto ainda afirma que a deputada e outras autoridades que apoiam os palestinos estão “com os dias contados”. “Traidores se preparem”, diz a mensagem.

O texto ainda faz menção a possíveis ataques terroristas em São Paulo e no Rio de Janeiro, alertando para que locais “com alta concentração” de muçulmanos sejam evitados “pois em breve faremos uma nova nakba [catástrofe, em árabe]”.

“Palestinos estão pra Israel assim como negros, índios e nordestinos estão pro sul do Brasil: são subhumanos [sic], raça inferior e insetos que devem ser eliminados. Vamos erradicar a presença dos insetos palestinos, muçulmanos e cristãos de Gaza e de Judeia e Samaria e faremos a Grande Israel. Ninguém vai nos impedir”, diz o conteúdo do e-mail.

No texto, o criminoso destacou o apoio de Jair Bolsonaro (PL) e dos deputados federais Carla Zambelli (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) ao Estado de Israel que, liderado por Benjamin Netanyahu, deveria ajudar a derrubar o presidente Lula (PT).

No ofício enviado ao Ministério da Justiça, comandado por Ricardo Lewandowski, Sâmia diz que a mensagem apresenta teor xenofóbico e criminoso e aponta para fóruns anônimos de ódio da deep web como fontes das ameaças.

“Como se sabe, muitos grupos criminosos se organizam de maneira descentralizada e utilizam-se de artifícios digitais que dificultam o rastreamento e a origem das mensagens, sendo comum o uso de servidores localizados em outros países para obstaculizar as investigações conduzidas por autoridades brasileiras. Não obstante o oferecimento da devida notícia-crime à Polícia Federal, serve o presente [ofício] para solicitar vossa atenção para a tomada de providências deste ministério junto a órgãos e autoridades nacionais e de outros países”.

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