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Marcelino Galo: “TEMER É UMA AMEAÇA À CLASSE TRABALHADORA E À SOBERANIA NACIONAL”

Deputado Estadual Marcelino Galo (PT)

Em audiência pública que discutiu os 31 anos de reforma agrária em Angical, no oeste da Bahia, nesta quinta-feira (26), o deputado estadual Marcelino Galo (PT) avaliou que o arquivamento da segunda denúncia contra Michel Temer (PMDB) na Câmara Federal “representa um grande retrocesso à classe trabalhadora, à população do campo e das cidades”.

O parlamentar analisa que o desmonte estrutural de políticas públicas será aprofundado e apontou as reformas da previdência e trabalhista, o enfraquecimento do combate ao trabalho escravo e flexibilização da legislação que trata do assunto, além da agenda de privatizações, do perdão de dívidas bilionárias de ruralistas, do corte no orçamento para políticas de combate à seca no nordeste, reforma agrária e desenvolvimento rural, e a liberação do uso de agrotóxicos como exemplo de parte do “pacto” que salvaram o líder peemedebista da segunda denúncia por organização criminosa e obstrução da justiça, apresentada pela Procuradoria Geral da República.

Para Galo, as ações do governo Temer representam ainda um risco à soberania nacional. “O golpe representa para a classe trabalhadora perda de direitos e conquistas sociais históricas. Para o povo brasileiro, aumento da desigualdade e da pobreza. Em contraponto, vão garantir ainda mais o lucro fácil de quem especula sobre a dívida pública com o aprofundamento do neoliberalismo. A concentração de renda e de riqueza. Para isso serve o desmonte, o fim de políticas públicas estruturantes, o congelamento por 20 anos dos gastos e investimentos públicos em saúde, educação, moradia, infraestrutura, segurança etc”, elencou Galo.

Ele ainda criticou as negociatas e compra de votos para barrar a denúncia. “Não surpreende que aqueles que foram à ruas contra Dilma estejam, hoje, sumidos, calados, omissos, ante o quadro de descalabro, de desmonte e tanta corrupção. São hipócritas e defensores, única e exclusivamente, de seus privilégios. À classe trabalhadora, ao povo humilde, pobre, do campo e das cidades, não há outra saída, a não ser a resistência e luta democrática, nas ruas, contra os retrocessos, o desmonte e os golpistas”, disse o petista.

Leonardo Attuch

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