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Senador tem 10 dias para explicar ao MPF visita à Terra Ianomâmi

senador Chico Rodrigues (PSB-RR), pego em 2020 com dinheiro na cueca.

O MPF (Ministério Público Federal) em Roraima determinou que o senador Chico Rodrigues (PSB-RR) preste esclarecimentos sobre sua visita à Terra Indígena Ianomâmi. O parlamentar esteve no local na última segunda-feira (20).

A solicitação serve para que o MPF saiba quais foram os objetivos e ações da Comissão Temporária Externa na Terra Indígena Ianomâmi, que é presidida pelo senador.

O ofício foi entregue ao parlamentar, para Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e para o COE-Ianomâmi (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública). As respostas devem ser entregues em até 10 dias.

Chico ficou conhecido nacionalmente em 2020, quando foi flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil na cueca.

Os valores foram encontrados depois que a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do senador durante apuração de um suposto esquema de desvio de verba pública para o combate à Covid no estado de Roraima.

O parlamentar negou a irregularidade e disse que as notas seriam usadas para pagar funcionários.

Leia a íntegra da nota do MPF:

“O Ministério Público Federal em Roraima oficiou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Ianomâmi) e o senador Chico Rodrigues, na condição de presidente da Comissão Temporária Externa para acompanhar in loco a situação dos Ianomâmi, solicitando informações acerca da visita realizada no Terra Indígena Ianomâmi no último dia 20.

A medida visa a identificar os objetivos e atividades da referida Comissão Temporária Externa na Terra Indígena Ianomâmi, na perspectiva da defesa dos povos que habitam a TI Ianomâmi. Foi concedido prazo de 10 dias para resposta”.

Comissão Temporária Externa na Terra Indígena Ianomâmi
O grupo criado é presidido por Chico Rodrigues e conta com os senadores Dr. Hiran (PP-RR), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Elizane Gama (PSD-MA) e Humberto Costa (PT-PE).

A Terra Ianomâmi vive uma grave crise humanitária e sanitária, porque dezenas de adultos,  crianças e bebês passam por grave desnutrição e malária. Todos esses problemas estão sendo ocasionados por causa do garimpo ilegal.

Com informações do IG

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