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LOS REYES MAGOS

O poeta GILBERT KEITH CHESTERTON

Andamos muito devagar, com chuva ou neve,
em busca do lugar onde os homens rezam.
A estrada é tão plana que não é fácil
siga-o sem se perder.

Aprendemos quando éramos jovens
para resolver enigmas obscuros
e nós três sabemos
a antiga tradição do labirinto.
Nós somos os sábios de outros tempos
e exceto a verdade, sabemos tudo.

Demos voltas e voltas ao redor da montanha,
E perdemos de vista a floresta entre as árvores
e para cada mal aprendemos um nome
sem fim. Honramos os deuses insanos;
chamamos as Fúrias de Eumênides.

Os deuses da força os revelaram
à imaginação e filosofia.
A serpente que trouxe tantos infortúnios ao homem
morde sua própria cauda torcida
e se autodenomina Eternidade.

Humildemente vamos … Debaixo de neve e granizo …
As vozes abafadas e a lanterna acesa.
Tão simples é o caminho que poderíamos
perder orientação.

O mundo está ficando branco e terrível
e branco e ofuscante o dia que amanhece.
Rodeados de luz caminhamos deslumbrados
para algo que é tão grande que não pode ser visto
e tão simples que não pode ser dito.

O menino que existia
antes dos mundos começarem
(… só precisamos andar um pouco mais,
só precisamos abrir a fechadura),
o menino que brincava com a lua e o sol
brincar com o feno agora.

A morada na qual os céus se alimentam
-Aquela velha e estranha morada que é nossa-
onde palavras enganosas não são faladas
e misericórdia é simples como o pão
e honra tão dura quanto pedra.

Vamos humildemente, humildes são os céus,
E a estrela brilha intensamente, baixa, enorme,
e a manjedoura fica tão perto de nós
que teremos que viajar muito para encontrá-lo.

Ouço! O riso acorda como um leão,
seu rugido ressoa na planície
e todo o céu grita e estremece
porque Deus em pessoa nasceu de novo,
e nós somos apenas crianças
que sob chuva e neve eles continuam seu caminho.

GILBERT KEITH CHESTERTON- Poesias de G.K Chesterton ( Inglês-1874 a 1936)

Colaboração-Jessé da Costa Primo

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