Segundo documento reproduzido pelo site Poder360, e antecipado pela newsletter Drive, editada por Fernando Rodrigues, o ex-deputado Eduardo Cunha pede ao Supremo Tribunal Federal – especificamente ao Ministro Ricardo Levandowski, a quem considera prevento por ter julgados questões relativas ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados – a restituição de seu mandato de deputado federal.
O argumento central de Cunha é que o plenário votou um parecer e não um projeto de resolução, que poderia ter sido emendado com penas menos graves que a perda do mandato.
É óbvio que nem bebendo uma cisterna da água que Gilmar Mendes diz estar sendo servida no STF o pedido tem a menor chance de prosperar.
Nem mesmo para a esperança de passar, com o mandato, a ser julgado pelo Supremo.
Serve apenas para Cunha mostrar que está vivo e que não conformado com seu destino.
E mostrar que está vivo é a forma que Cunha tem de fazer outros morrerem de medo.
Cunha não vai reaver o mandato, mas quer reaver a condição de personagem pelo qual a Força Tarefa da Lava Jato e Sérgio Moro tenham interesse.
Está “escanteado”, quase não vem ao caso e parecem não querer dele a delação premiada.
Que Cunha, como sempre fez em tudo em sua vida política, quer vender caro.
E os “intocáveis da República” nem de graça querem que Cunha fale.
FERNANDO BRITO