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Convite para partido é teste de fidelidade que Bolsonaro cobra de Moro

(Foto: ABr | Reprodução)

Jair Bolsonaro tenta evitar que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, seja adversário dele na eleição presidencial de 2022 e, para atingir este objetivo, ele deve entregar ao ex-juiz da Operação Lava Jato a ficha de filiação do partido Aliança pelo Brasil. A informação foi publicada pela coluna de Guilherme Amado, na revista Época nesta terça-feira (7).

Com a medida, Bolsonaro também pretende alavancar a coleta de assinaturas para criação do partido a tempo de entrar na disputa às eleições municipais, que acontecem neste ano.

O convite feito por Bolsonaro também serve como um teste de fidelidade para Moro. O exjuiz condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP) para tirá-lo da eleição e preparar o terreno para Bolsonaro.

Lula foi acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS, mas não tinha a chave e nunca dormiu no imóvel. Moro também emitiu a ordem de prisão sem o esgotamento de todos os recursos judiciais.

Segundo as revelações do Intercept Brasil, Moro agia como uma espécie de “assistente de acusação” na Lava Jato, ou seja, interferia no trabalho de procuradores, sugerindo, por exemplo, troca de procuradora para interrogar Lula. Também recomendou inversão da ordem das fases da operação e pediu acréscimo de informações na denúncia contra um réu (Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobras), além de várias outras irregularidades.

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