Atualmente, o discurso do chefe do Planalto é de que devemos ter a impressão do voto pois a urna eletrônica seria passível de fraude.
Trata-se de uma contradição em sua narrativa, já que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou o sistema eleitoral do país, que é de voto em cédula (sem sequer ter o processo da urna eletrônica) de fraudulento, tese defendida por Bolsonaro.
Além do fato de que Bolsonaro fora eleito em 2018 (e em mandatos anteriores, como parlamentar) com o sistema eletrônico, sem ter feito acusações de fraude.
Aliado de Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinou a criação de uma comissão na Casa para tratar do assunto, o que aconteceu na última quinta-feira (13).
A comissão vai discutir a proposta de emenda à Constituição (PEC) 135/19, da deputada Bia Kicis (PSL-DF), que não acaba com a urna eletrônica, mas exige a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil.
Inconstitucional
Em junho de 2018, o STF decidiu de forma liminar (provisória) barrar a medida e confirmou o entendimento em 2020, em julgamento no plenário virtual, quando considerou o voto impresso inconstitucional.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, também integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na quinta que as urnas “não são um problema” e que “nunca se documentou fraude” em 25 anos de uso nas eleições.
E que a acusação de fraude em urnas eletrônicas “é um discurso político”.
Brasil