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Olívio Dutra afirma que o povo tem que ser sujeito e não objeto da política

Olívio Dutra

O ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra (PT), candidato a senador pela federação formada por PT, PCdoB e PV, participou do programa Giro das Onze, da TV 247.

Aos 81 anos, após perder a companheira de vida, Judite Dutra, que faleceu em maio de 2022, Olívio contou por que aceitou disputar o Senado.

“É uma decisão que não vem de súbito. Foi pensada, refletida e compartilhada com muitas pessoas, e claro, com o Partido dos Trabalhadores e suas instâncias e os demais partidos que conformam a Frente Brasil da Esperança e movimentos sociais”, desse.

E acrescenta: “O campo da esquerda tem que estar mais unificado, com candidaturas unificadas para ampliar também as bancadas dos partidos do campo democrático e popular nas assembleias e no próprio Congresso Nacional. Eu tenho compromisso com essas ideias”.

Olívio foi governador do Estado entre 1999 e 2002. Ele concorreu ao Senado em 2014, quando fez 35,31% das intenções de voto, perdendo por uma pequena margem para Lasier Martins (Podemos, então no PDT), que fez 37,42%. A cadeira em disputa ao Senado é justamente a ocupada por Lasier.

O ex-governador afirmou que o país vive uma crise de descrédito da política. Segundo ele, o campo progressista e de esquerda tem a tarefa de reverter esse quadro.

“Todas as pessoas são seres políticos. A política não é ocupar cargo ou mandato. A política é defender ideias, uma visão de país e de mundo e evidentemente de estado democrático de direito que tem que funcionar bem e melhor, não para poucos ou para alguns. Estamos vivendo distorções enormes dentro do estado na visão de democracia”, frisou.

Para ele, Jair Bolsonaro “parece não ter noção da importância da Presidência da República”.

“Não tem respeito com os movimentos sociais, populares. Mostra também um desrespeito para com a organização democrática conquistada pelo povo brasileiro, baseada na Constituinte de 88.

Nós temos, sim, uma ameaça constante à democracia. Precisamos recuperar a democracia e qualificá-la e não de cima para baixo, autoritariamente, porque isso é retrocesso.

E essa qualificação permanente da democracia para consolidá-la o povo tem que ser sujeito e não objeto da política. A política pode e deve ser a construção do bem comum com protagonismo das pessoas”, salientou.

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