A divulgação da Pesquisa CNI-Ibope sobre a popularidade presidencial, adiada para dar uma “ajuda” no “pacotinho” inócuo lançado ontem, não vai mostrar o nível atual de desprestígio do Governo.
Ao contrário, vai colocá-lo numa posição que, embora ruim, agora é bem pior.
Foi feita nos dias 4 e 5 deste mês, antes, portanto, do estouro do escândalo do suposto pedido de Michel Temer a Marcelo Odebrecht de R$ 10 milhões, parte deles entregue em dinheiro no escritório do agora ex-assessor presidencial José Yunes.
E antes o “tá todo mundo louco” do STF x Congresso x Fux x Gilmar x Renan x Mello x Gilmar.
Sobretudo, antes da divulgação da reforma da Previdência e do “morra trabalhando” que só o carequinha descartável tem ousado defender.
Portanto, quando você olhar os números e vir que Temer está muito mal, considere que ele estava muito mal.
E agora está pior.
Os tucanos deram-lhe o braço. Vejamos quando o retirará, claro que depois do dia 31, para não haver diretas.
Como disse ontem,no Estadão, o melhor analistas de pesquisas da imprensa, José Roberto de Toledo, a popularidade de Temer está despencando em um gerúndio sem fim.
Se essa insatisfação demorará um, dois ou três meses para ser ouvida em Brasília, nem o homem do tempo pode dizer. Mas é certo que não adianta só esperar. Quando ela chegar, será tarde demais para reagir.
É que esperam seus amigos bicudos.
Fernando Brito