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TEMER PASSA MAL E É INTERNADO, MAS SESSÃO NA CÂMARA É REABERTA

Michel Temer está internado e foi levado ao Centro Cirúrgico do Hospital do Exército

Após sofrer uma obstrução urológica, Michel Temer foi submetido a uma sondagem vesical na tarde desta quarta-feira, 25. A sondagem vesical é a introdução de um cateter através da uretra até a bexiga, com o objetivo de drenar a urina. Segundo informou o Palácio do Planalto informou por meio de nota, o presidente passa bem, está repousando após o procedimento e deve ter alta ainda hoje.

Segundo informações divulgadas pelo Palácio do Planalto, enquanto despachava pela manhã, Temer sentiu um desconforto e, após avaliação no departamento médico do Palácio do Planalto, foi constatada uma obstrução urológica. Temer então seguiu para o Hospital do Exército para exames e devido tratamento.

Na porta do hospital, além de jornalistas, há cerca de 30 homens da Polícia do Exército. O senador Raimundo Lira, líder do PMDB no Senado, foi o primeiro parlamentar a vir ao hospital visitar Temer. Lira disse não estar preocupado e afirmou que espera que o fato não atrapalhe a votação na Câmara.

Votação

Desde o início da manhã de hoje parlamentares estão reunidos no plenário da Câmara dos Deputados para a análise e votação da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

O anúncio de que Temer tinha passado mal foi feito no plenário da Câmara durante a sessão para análise da denúncia, causando uma grande agitação, principalmente por parte da oposição, que saiu para o Salão Verde para pedir o encerramento da votação.

O deputado Beto Mansur (PRB-SP) disse que falou com presidente sobre o processo e votação duas vezes por volta das 13h30, mas não sabe se naquele momento Temer já estava no hospital. O vice-líder do governo, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), informou que o presidente deverá retornar em breve ao Palácio do Planalto.

Leia reportagem anterior do 247 sobre o assunto:

A GloboNews informou que Michel Temer passou mal e foi internado no Centro Cirúrgico do Hospital do Exército, em Brasília.

Segundo primeiras informações, o problema de Temer seria urológico e não teria relação com a obstrução parcial em uma artéria coronária que foi diagnosticada nos últimos dias.

Mal súbito que acometeu o peemedebista ocorre no dia em que o Plenário da Câmara pode votar a denúncia de organização criminosa e obstrução de Justiça contra Temer e os seus ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

A oposição apostou na estratégia de não registrar presença no plenário; estratégia saiu vitoriosa e resultou no encerramento da sessão da Câmara.

Leia reportagem da Agência Brasil sobre abertura de uma nova sessão da Câmara:

Câmara abre nova sessão para dar andamento à análise de denúncia contra Temer

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abriu nova sessão deliberativa para continuar a análise da denúncia contra Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. A primeira sessão atingiu a duração máxima de cinco horas e teve de ser encerrada. O painel de presença foi zerado para a nova sessão e a contagem do quórum foi reiniciada.

Maia encerrou a reunião logo após o plenário rejeitar, por 184 votos contrários e 4 favoráveis, o requerimento de adiamento de votação apresentado pela base aliada do governo como estratégia para atrair os deputados ausentes para o plenário, sob o risco de corte do ponto dos parlamentares.

Depois da apresentação do requerimento, o clima no plenário esquentou. Alguns integrantes da oposição registraram presença, mas mantiveram a obstrução sob gritos “Fora Temer”. A base governista continuou fazendo apelos para que os parlamentares que já estão na Câmara registrem presença no plenário para terminar a votação e garantir que a pauta legislativa volte à normalidade.

Para que o processo de votação seja iniciado, é necessário que pelo menos 342 deputados estejam presentes no plenário. O número corresponde a dois terços do total de 513 deputados e atende ao estabelecido na Constituição Federal para votações de processos de abertura de investigação contra presidente da República.

Para impedir o avanço da denúncia na Justiça é preciso pelo menos 172 votos. Já a oposição precisaria de 342 para admitir a autorização de investigação das acusações no Supremo Tribunal Federal.

A expectativa da liderança do governo na Câmara é que a votação ocorra ainda hoje. “A gente está aqui pra votar, se a oposição não quer votar a matéria, a compreensão dela é essa porque não tem o número de votos suficientes. (…) Eu acho que por responsabilidade com o país, tem que enfrentar essa matéria e votar de acordo com sua consciência”, disse o líder Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Leonardo Attuch

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