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Morre 2º soldado que passou mal durante testes físicos para tropa de elite

 

Morreu nesta terça-feira (18), à noite, o segundo soldado que passou mal durante um exame físico do Curso de Operações Policiais Especiais (Copes), porta de entrada para o Batalhão da Polícia de Choque da Polícia Militar. Luciano Fiuza, 29 anos, que era lotado no 12º Batalhão (Camaçari), estava internado no Hospital Aeroporto. Ele é o 2º policial a morrer dos quatro que foram internados após uma atividade chamada Teste de Habilidade Específica (THE), que exigiu que os 67 candidatos corressem 10 km em 60 minutos, no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. A primeira morte, do soldado Manoel dos Reis Freitas Júnior, aconteceu na terça-feira (17), também no Hospital Aeroporto. Manoel era lotado na 4ª CIPM, em Macaúbas, na Chapada.

 

Após a morte do soldado Fiúza, a Polícia Militar enviou, às 21h12, apenas uma nota de pesar sobre o falecimento. Mais cedo em outro comunicado, a Polícia Militar afirmou que o soldado Freitas, segundo a avaliação médica, “apresentou quadro de insuficiência renal, sendo acometido por uma parada cardíaca”. O diretor de comunicação da Polícia Militar baiana, capitão Marcelo Pitta, afirmou que o treinamento não deve ser considerado como causador da morte. “O treinamento não é o motivador para a causa da morte. A PM tem uma preocupação de tomar todos os cuidados e uma série de ações preventivas, inclusive de só começar com uma equipe médica presente”, disse ele, garantindo que havia médicos no local.

 

Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar a morte de Freitas sendo que o resultado deve sair em 30 dias. O presidente da Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), vereador Soldado Prisco (PSDB), afirmou que entrará com uma representação no Ministério Público para pedir apuração do caso.

 

Uma tia do soldado Freitas se disse chocada com a morte do sobrinho pois “não conseguia explicar o motivo por que um rapaz jovem foi tendo convulsões e paradas, uma atrás da outra, de rim, fígado, pulmão, coração”.

Em entrevista à uma emissora de rádio, o secretário da Segurança Pública, Mauricio Barbosa, disse que a perícia será fundamental para dizer se eles tomaram algum tipo de medicação ou substância para melhorar o condicionamento físico. Após será emitido um parecer e, se for o caso, mudar a forma de ingresso nas Forças Especiais.

Fonte: Redação/ Correio

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