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PGR afasta servidor alvo de ação da PF sobre tráfico de armas

Trafico de armas

A  Procuradoria-Geral da República (PGR) afastou um servidor investigado em uma  operação da Polícia Federal (PF) relacionada a tráfico internacional de armas.

Wagner Vinicius de Oliveira Miranda se tornou alvo da PF após os investigadores rastrearem a movimentação financeira do grupo.

A ação investiga a venda de fuzis para as principais facções criminosas brasileiras. De acordo com decisão da Justiça Federal da Bahia, o servidor agora vai ficar 30 dias afastado do cargo.

A PGR afirmou que Wagner Vinicius ainda não foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF)

“Não há denúncia criminal no caso ainda, o que não impede a aplicação de outras medidas. Desde o início da investigação, foram adotadas todas as providências cabíveis tanto na esfera criminal quanto na administrativa”, afirmou o órgão.

A investigação da PF é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPF na Bahia e está sob sigilo.

O servidor foi um dos alvos de buscas da Operação Dakovo. No último dia 5, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os líderes das maiores facções do país, movimentando cerca de R$ 1,2 bilhão.

.No total, são cumpridos 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão no Brasil, Estados Unidos e Paraguai.

O principal alvo da ação, Diego Hernan Dirísio, está em território português e ainda não foi encontrado.

De acordo com a PF, Dirísio é o maior contrabandista de armas da América do Sul.

A apuração do caso começou a ser feita ainda em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas no interior da Bahia.

Os revólveres tinham o número de série raspado, mas a PF conseguiu obter informações das armas após perícia e avançar nas investigações.

Neste período foram feitas 67 apreensões, com o total de 659 armas apreendidas em 10 estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.

Três anos depois, a ação que levou à operação de hoje indicou que um argentino, dono de uma empresa chamada IAS, que tem sede no Paraguai, comprava pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

Depois, essas armas eram vendidas para facções brasileiras, especialmente as de São Paulo e do Rio de Janeiro. Doleiros e empresas de fachada no Paraguai e nos EUA também estavam envolvidos no esquema.

RUS

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