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Preso em SP, Ramiro Caminhoneiro estava nervoso e disse que não foi a BSB

Com ligação direta com Bolsonaro foi preso Ramiro Caminhoneiro

A PF (Polícia Federal) prendeu no bairro Ipiranga, em São Paulo, Ramiro Caminhoneiro, 49, um dos principais nomes na organização de caravanas para os atos golpistas em Brasília. Ele é um dos alvos da Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta sexta-feira (20).

A polícia informou que Ramiro estava nervoso, mas não resistiu à prisão.

Durante a busca e apreensão em sua casa, ele disse aos policiais que não estava em Brasília durante os atos golpistas de 8 de janeiro e, por isso, não esperava ser preso.

Segundo ele, o carro quebrou quando estava indo à capital federal.

Os policiais apreenderam notebook, celular e agendas. Ele não tinha armas ou dinheiro em espécie guardado em casa. Ramiro mora sozinho numa casa pequena onde montou um pequeno estúdio caseiro com microfones para lives.

O STF (Supremo Tribunal Federal) expediu oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão. As decisões são cumpridas em São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Ramiro se apresenta nas redes sociais como “a força dos caminhoneiros liberta o Brasil do Comunismo” Ramiro concorreu duas vezes a uma vaga na Câmara dos Deputados: em 2018, pelo PSL, e em 2022, pelo PL (Partido Liberal), ambos os partidos pelos quais o ex-presidente Jair Bolsonaro disputou as eleições.

As viagens oferecidas por Ramiro para o Distrito Federal eram ofertadas gratuitamente para outras pessoas em grupos de bolsonaristas mobilizados desde o fim das eleições deste ano.

Um levantamento encomendado pela Lupa para uma empresa que monitora grupos em aplicativos de mensagens mostrou que o nome Ramiro Caminhoneiro foi mencionado pelo menos 82 vezes como organizador de caravanas no WhatsApp.

Dois dias após as invasões às sedes dos Três Poderes, e no dia seguinte à retirada dos bolsonaristas acampados em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, Ramiro publicou um vídeo nas redes sociais no qual diz que o cenário deixado no QG é “desolador e degradante” e pede doações pelo Pix para “libertar o Brasil”.

Juliana Dal Piva

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