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Três PMs e dois empresários são presos por matar homem que denunciou esquema na BA

Pms e empresários presos na Operação Faroeste

Empresários contrataram PMs que atuam como pistoleiros para matar agricultor que denunciou esquema de grilagem

A Polícia Civil da Bahia prendeu três policiais militares e dois empresários, na quarta-feira (21), nos municípios de Barreiras, Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia, no oeste do estado.

Os cinco são suspeitos do assassinato do empresário agricultor Paulo Antônio Ribas Grendene, após ele ter denunciado um esquema de grilagem investigado na Operação Faroeste.

A delegada Rogéria Araújo, diretora do Departamento de Polícia do Interior (Depin), informou que um sexto homem também está sendo procurado por suspeita de participação na emboscada que resultou no crime.

Com os suspeitos, foram apreendidas oito armas de fogo, três carros, uma moto, porções de maconha e munições.

Dois dos acusados foram autuados em flagrante por posse ilegal de arma, conforme a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

“Já cumprimos até o momento cinco dos seis mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão”, afirmou a delegada Rogéria Araújo.

A ação é um desdobramento da Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças judiciais e grilagem de terras envolvendo a cúpula do Judiciário na Bahia.

“A Operação Faroeste foi deflagrada no final de 2019 e tinha, inicialmente, o objetivo de investigar a existência de uma organização criminosa formada por magistrados e servidores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), além de advogados, empresários e intermediários”.

A atuação do grupo, segundo o Ministério Público Federal (MPF), envolve a comercialização de sentenças judiciais para favorecer grilagem de terras no oeste da Bahia.

Nos meses seguintes, porém, outros esquemas foram descobertos e continuam sendo investigados.

Participam da operação policiais da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Corregedoria Geral da SSP (Coger-SSP), Assessoria Executiva de Operações de Polícia Judiciária (AEXPJ), Coordenação de Operações Especiais (COE), Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Departamento de Inteligência Policial (DIP) e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público Estadual.

RPP

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