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Sem testes, sem doentes. A ‘mágica’ estatística

Sem testes, sem doença - foto arquivo

A Folha de S. Paulo toca, hoje, no ponto em que, desde a semana passada, este blog tem insistido: a inexplicável falta de testes para o novo coronavírus e, claro, a distorção estatística que impede a todos – população e gestores médicos – de encarar a pandemia com olhos na realidade.

Vinícius Torres Freire, com dados oficiais, mostra que, mesmo na América Latina, a situação de São Paulo, em matéria de testes para a doença, só é melhor – e não muito – que a da Bolívia.

E explica o que essa carência representa:

Mais testes permitem que se tenha uma ideia mais precisa do espalhamento da epidemia e da letalidade da doença.

Com mais pessoas testadas, é possível isolar os doentes mais precocemente, rastrear seus contatos e tomar medidas para que evitem contagiar mais pessoas.

Enfim, mais testes tornam possível planejar medidas de isolamento e quarentenas direcionadas a regiões específicas.

Portanto, sem sabermos – e não sabemos, por esta razão óbvia – dimensões e localização da doença, suspender o isolamento geral não é só suicídio, é genocídio.

Antonio Brito

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